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Suzano resgata galos machucados e denuncia crime ambiental; “rinha” ainda é desafio

A Prefeitura de Suzano combate uma situação ainda tradicional em regiões do Alto Tietê: a rinha de galos, que promove a briga entre animais tratados por proprietários que maltratam e usam os bichos como fonte de renda. Nesta quarta-feira (15), foram resgatados seis galos índios e 12 frangos, após denúncia de moradores sobre os maus-tratos […]

16 de fevereiro de 2023

Reportagem de: O Diário

A Prefeitura de Suzano combate uma situação ainda tradicional em regiões do Alto Tietê: a rinha de galos, que promove a briga entre animais tratados por proprietários que maltratam e usam os bichos como fonte de renda. Nesta quarta-feira (15), foram resgatados seis galos índios e 12 frangos, após denúncia de moradores sobre os maus-tratos a animais, na rua Daniel dos Santos, 775, viela 9, no bairro Miguel Badra. A informação é da Prefeitura da cidade.

O Departamento de Fiscalização de Posturas foi acionado pela Secretaria de Meio Ambiente, que recebeu as informações sobre o caso, e se deslocou para o endereço citado, onde contou com o suporte da Guarda Civil Municipal (GCM).

Ao chegar ao local, a equipe encontrou uma mulher, que foi questionada sobre a situação dos animais. Ela informou que o proprietário dos mesmos se encontrava na avenida Miguel Badra, para onde o grupo se deslocou. Ao identificar o homem, o diretor do Departamento de Fiscalização de Posturas, Edson Tavares, o indagou sobre o motivo pelo qual mantinha os galos e os frangos naquele endereço, e a resposta foi de que era para consumo próprio. Diante das evidências constatadas no local, que não corroboravam com a versão apresentada, o indivíduo foi conduzido para o 2º Distrito Policial do Boa Vista, por crime ambiental.

“Vimos que a situação dos maus-tratos se configurou pelas condições em que os animais se encontravam. Estavam todos dentro de um espaço confinado e sem ventilação. As características físicas dos galos e dos frangos sugerem que eles poderiam estar ali para serem comercializados, possivelmente para rinha. Prontamente, solicitamos uma perícia à Secretaria de Meio Ambiente para averiguar se os animais estavam machucados, assim como solicitamos  que os agentes da GCM conduzissem o suposto proprietário e a mulher que estava na casa para a delegacia”, detalhou Tavares.

O secretário de Meio Ambiente, André Chiang, chegou ao local para se inteirar da situação e, enquanto aguardava a chegada da perícia, explicou para onde esses animais serão levados. “Vamos pedir autorização da autoridade policial para buscar um lar temporário para os galos e os frangos. Nesses casos, contamos com o suporte de chácaras voluntárias, que colaboram com o serviço de acolhimento aos animais que sofrem maus-tratos”, esclareceu o chefe da pasta.

A denúncia de maus-tratos, como foi esse caso, deve ser feita por meio da Ouvidoria Municipal, pelo telefone 0800-774-2007 ou no e-mail [email protected]. Vale salientar a importância da riqueza de detalhes, encaminhando fotos e/ou vídeos sobre os fatos. Para cada protocolo gerado, é efetuada uma vistoria no local, que consiste na verificação da procedência dos fatos denunciados. Há também o preenchimento do Termo de Posse Responsável e a conscientização do tutor por meio da entrega da Cartilha do Bem-Estar Animal, com orientações e informações necessárias.

O produto da vistoria é um relatório fotográfico, acompanhado de informações sobre a situação do animal, bem como do local onde vive. No caso de ser constatado o crime de maus-tratos, é feito um laudo veterinário, lavrado boletim de ocorrência e o caso encaminhado para a Delegacia de Polícia.

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