Familiares de paciente de 75 anos reclamaram da falta de informações sobre o atendimento dado a Maria Anita Rosa da Silva; já o hospital afirma que dados diários foram repassados à família
Santa Casa de Suzano é referência para o atendimento aos moradores da cidade (Divulgação/Secop/Suzano)
Familiares da suzanense Maria Anita Rosa da Silva, de 75 anos, viveu dias de apreensão durante o período que ela ficou internada na Santa Casa de Misericórdia de Suzano. Segundo Adriana Citina de Faria, moradora no jardim Boa Vista, o atendimento foi marcado pela dificuldade ao acesso de informações sobre o tratamento. O hospital, por meio da assessoria de Imprensa da Prefeitura de Suzano, afirma que boletins médicos diários foram repassados à famíia da paciente que já teve alta, com recomendação de prosseguir com o tratamento.
Na semana passada, após permanecer alguns dias na Santa Casa de Suzano, dona Maria Anita retornou para a casa, com sintomas de quem teria sofrido um AVC, segundo os familiares. Dois dias depois, ao não ter melhora do quadro de saúde, os filhos decidiram levá-la novamente para o hospital e ela foi internada no sábado.
"Desde então, não há informação sobre o estado dela e, por fim, uma enfermeira disse que ela estava com uma infecção urinária que evolui para um quadro de infecção generalizada. O hospital afirma que não tem leito de UTI para transferi-la e nós estamos percebendo que algo pior pode vir a acontecer", diz Adriana. "Sem as visitas, o mínimo seria dar informação à família".
Questionada por O Diário, por meio da assessoria de Imprensa da Prefeitura, a resposta apresentada é a de que boletins diários foram feitos aos familiares até a alta da paciente, que ocorreu na terça-feira (21).
Em nota, a Santa Casa explicou que "a paciente foi recebida na ala de emergência do Pronto-Socorro Municipal (PS) em 5 de junho (domingo) e assistida por equipe multiprofissional. Ela realizou exames e passou por avaliações necessárias até o dia 16 (quinta-feira), quando obteve alta. Retornou ao PS em 18 de junho (sábado), permanecendo até esta terça-feira (21/06), data em que foi liberada com orientação médica para continuidade de acompanhamento ambulatorial na rede de Atenção à Saúde do município. Estas informações, inclusive, foram repassadas à família por meio de boletim médico diário".
Além disso, acrescentou que "havia inicialmente a indicação de transferência para a UTI, porém a paciente apresentou melhora do quadro e a equipe médica do PS optou por suspensão do pedido e pela alta. A pasta não pode expor o quadro clínico do paciente por questão ética. No entanto, sempre que o quadro se agrava, o profissional solicita o recurso compatível e igualmente suspende quando há melhora"
Já sobre a disponibilidade de vagas em UTI na cidade, o hospital não apontou o problema e respondeu que "a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), do governo estadual, regula as vagas de UTI e demais serviços especializados necessários ao município. Os pacientes são encaminhados para a referência pactuada de acordo com a complexidade".
Ja sobre o tempo de espera de um leito de UTI, esclareceu que "depende do recurso que o paciente necessita e da ocupação deste serviço no momento solicitado. O encaminhamento é feito pelo sistema Cross".
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