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ANÁLISE Monica Arouca diz que o conteúdo pode ser recuperado. (Foto: arquivo)
As atividades presenciais nas escolas das redes municipal, estadual e particular de Mogi das Cruzes estão suspensas até o dia 6 de outubro, segundo o decreto publicado pela Prefeitura no último dia 2. Durante o próximo mês deverão ser analisados diversos fatores para definir se as aulas voltarão ou não, de fato, ainda este ano. Professora e proprietária de uma escola de redação e cursinho pré-vestibular, Monica Arouca acredita que a retomada deva acontecer somente em 2021.
“É claro que a situação está difícil para mim e acredito que esteja para a maioria dos proprietários de escolas particulares, mas vejo que uma volta este ano é muito difícil, porque a contaminação pelo coronavírus ainda é bastante alta. Nós precisamos acompanhar e levar em consideração o que dizem os estudos e os cientistas. Tenho certeza que o conteúdo nós conseguimos recuperar no próximo ano, mas não podemos correr o risco de ter mais pessoas doentes”, frisa.
Monica diz que é importante priorizar a saúde física e mental dos alunos, mas afirma ser inevitável que haja prejuízo na aprendizagem mesmo daqueles que contam com as aulas online, porque fazer o acompanhamento virtual não é fácil. Ela, entretanto, reitera que isso não se trata de uma perda, já que é possível contornar e repetir o conteúdo presencialmente no ano que vem. Para a profissional, o retorno deve acontecer somente com a imunização ou com números realmente baixos de mortes e infectados.
Outra preocupação por parte dos professores e alunos são os vestibulares, que foram adiados para o início de 2021. As definições ainda são muito incertas e deixam os interessados preocupados, o que pode até mesmo atrapalhar na hora de estudar e realizar as provas.
“A minha escola foi a primeira a disponibilizar aulas ao vivo, que estão acontecendo desde março. O que nós podemos perceber é um esgotamento muito grande tanto dos estudantes, quanto dos profissionais. Não dá para manter o ensino online infinitamente, até porque eles também precisam do contato humano e da possibilidade de conviver socialmente. O esgotamento também está ligado à quarentena e à falta de perspectiva, já que tudo é uma grande hipótese”, reitera.
Nas próximas semanas, orientada pelo Comitê Municipal de Saúde – Covid-19, a Prefeitura fará uma avaliação segura dos resultados das alterações estruturais do sistema de saúde municipal no atendimento aos pacientes da doença e da estabilidade da evolução epidemiológica na cidade. Com base nisso, definirá o que deve acontecer nas escolas a partir de outubro.
Já a Secretaria de Estado da Educação afirmou que o Governo de São Paulo planeja a retomada das aulas pautado em medidas de contenção da epidemia, atendendo aos interesses da população e sem colocar nenhuma vida em risco, seguindo as recomendações sanitárias do Centro de Contingência do coronavírus. A rede estadual está trabalhando desde 27 de abril com o Centro de Mídias SP, para transmissão de aulas a distância.
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