Crime aconteceu em Mogi, em 2020, e a transexual nunca foi encontrada. Nesta quinta, Danilo Nascimento Batista, o Cocão, foi preso; outros 3 estão foragidos
Danilo, conhecido como Cocão, é um dos acusados pelo desaparecimento de Nataly Lily (Reprodução)
Nesta quinta-feira (19), a Polícia Civil de Mogi das Cruzes encontrou e prendeu Danilo Nascimento Batista, conhecido como Cocão. Ele é um dos acusados de participar do crime envolvendo o desaparecimento da mulher transexual Nataly Lily, que aconteceu no dia 12 de dezembro de 2020, na cidade. Ela nunca foi encontrada e o caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado e sequestro consumado.
Além dele, o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi – liderado pelo delegado titular, Rubens Angelo, – identificou outros três acusados pelo crime, sendo eles Vanessa Silva Vieira, Caio Cleiton Rodrigues Silva, conhecido como Branquinho, e Carlos Renato Rodrigues Silva, conhecido como "Gó". Todos eles tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça em fevereiro de 2021, mas fugiram e, até o momento, somente Danilo foi encontrado.
O caso
As investigações da Polícia Civil chegaram à conclusão de que tudo começou com um problema entre Nataly e o irmão de Vanessa Silva, uma das acusadas. Nataly era garota de programa e teria atendido o irmão de Vanessa, que é surdo. O homem não teria efetuado o pagamento e, por isso, Nataly o agrediu. Ao saber do ocorrido, Vanessa começou a arquitetar o plano para o crime.
Acompanhada por Danilo, Vanessa teria ido até o ponto em que Nataly atuava, fingindo buscar por um programa para o casal. Com eles e mais uma amiga – também transexual – a vítima entrou no carro e foi para um “sítio”, onde achou que realizaria o programa. Entretanto, Caio Cleiton e Carlos Renato estavam no local, estando um deles com uma arma.
A amiga de Nataly foi baleada e caiu desacordada no chão e, na sequência, Nataly também recebeu os disparos. Quando a amiga retomou a consciência, foi embora em busca de ajuda, mas Nataly já não estava por lá. A suspeita é de que ela tenha sido assassinada e que o corpo tenha sido levado para ser enterrado em outro local.
O sítio ficava nas proximidades da Avenida das Orquídeas e amiga conseguiu, então, pedir ajuda e foi atendida no Hospital Luzia de Pinho Melo, após ser atingida por tiros no pescoço e no braço. Mais de dois anos do crime se passaram e Nataly nunca foi encontrada.
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