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Jovem denuncia ter sido vítima de racismo no shopping

O produtor artístico Guilherme Augusto Morais do Vale, 25 anos, morador da Vila Cintra, em Mogi das Cruzes, denuncia um grupo de frequentadores do Mogi Shopping de racismo. Ele registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial da cidade relatando que foi chamado de “neguinho vesgo” por cerca de 10 rapazes que estavam sentados ao […]

2 de fevereiro de 2023

Reportagem de: O Diário

O produtor artístico Guilherme Augusto Morais do Vale, 25 anos, morador da Vila Cintra, em Mogi das Cruzes, denuncia um grupo de frequentadores do Mogi Shopping de racismo. Ele registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial da cidade relatando que foi chamado de “neguinho vesgo” por cerca de 10 rapazes que estavam sentados ao lado da mesa em que ele tomava um lanche, na última sexta-feira (27), na praça de alimentação do centro de compras.

Em entrevista a O Diário, Guilherme contou que estava com um amigo e duas amigas no local, quando o grupo começou a falar “Olha o neguinho, olha o neguinho vesgo” apontando para ele. “Foi do nada. Primeiramente não liguei, mas eles não paravam de forma alguma. Até perdi a fome, mas esperei meus amigos comerem e, depois, pedi que fossemos embora dali. Levantei para descartar a bandeja e eles levantaram junto. Então, fui até eles e pedi para pararem. Os seguranças viram, mas não falaram nada. Saí pela lojas Americanas e eles foram para o outro lado”, explica.

No entanto, Guilherme foi até o ponto de Uber, na saída do cinema, e encontrou novamente o grupo. “Como eles estavam em 10 e nós em quatro, achei melhor entrar novamente no shopping, mas fui barrado por um segurança, que disse que eu não poderia entrar. Não sei o motivo. Expliquei a ele o que havia acontecido e consegui entrar e sair novamente pela Americanas. No sábado (28), falei com um amigo que é advogado e ele me orientou a fazer o Boletim de Ocorrência e a entrar em contato com o shopping pedindo as imagens das câmeras de segurança. Falei com o SAC, enviei email, mas me disseram que só podem cedê-las com ordem judicial. Seria importante para identificar as pessoas do grupo”, lamenta.

Procurado por O Diário, o centro de compras enviou a seguinte nota: “O Mogi Shopping não foi notificado judicialmente sobre o caso e, em cumprimento a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não podemos divulgar qualquer informação referente a registros realizados internamente via SAC. Ressaltamos que não compactuamos com nenhuma forma de preconceito ou discriminação”.

 

 

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