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Após o 8º furto, dona de restaurante cobra segurança na Manoel Rudge, em Mogi

Há um ano, após trocar o bairro do Shangai pela Vila Oliveira, a comerciante Rosane Leão Abu Taha imaginou que o restaurante de comida árabe dirigido por ela e o marido, Qades Khaled Abu Taha, estaria menos vulnerável aos criminosos que invadem estabelecimentos durante o período noturno e a madrugada. Não foi bem assim. Desde […]

16 de novembro de 2022

Reportagem de: O Diário

Há um ano, após trocar o bairro do Shangai pela Vila Oliveira, a comerciante Rosane Leão Abu Taha imaginou que o restaurante de comida árabe dirigido por ela e o marido, Qades Khaled Abu Taha, estaria menos vulnerável aos criminosos que invadem estabelecimentos durante o período noturno e a madrugada. Não foi bem assim. Desde a mudança, ela conta 8 invasões do imóvel localizado na esquina das ruas Capitão Manoel Rudge e José Urbano Sanches, no polo gastronômico e comercial que, de tempos em tempos, se vê na mira de ladrões.

Rosane decidiu usar as redes sociais para mostrar os estragos do crime que aconteceu na madrugada desta terça-feira (15), e pedir segurança e o reforço do policiamento preventivo às autoridades. Em um vídeo, ela percorre o interior do restaurante Al Mahata que foi acessado pelo telhado e mostra a bagunça deixada pela invasor.

Logo após os primeiros registros, os proprietários instalaram mecanismos como a cerca elétrica e o monitoramento em tempo real. Porém, mesmo com esses cuidados, o local segue vulnerável. O casal pensa em trocar novamente de endereço.

Rosane afirma que foram revirados os pertences e levados itens que ainda estão sendo contabilizados. “O prejuízo é alto, só em alimentos, porque eu não sei o que ele fez, mas as geladeiras foram desligadas, então, perdemos nossas mercadorias. Ele tentou levar uma peça de mussarela, mas desistiu e deixou no chão. Não houve como aproveitar”.

Além da questão financeira, a comerciante fala do estresse, da indignação e da sensação de impotência. “Você passa a não dormir direito, a ficar sempre em alerta. Fomos durante a madrugada para ver se estava tudo certo, e você não encontra uma viatura, não encontra um policial fazendo ronda”, diz, lembrando que, em outras ocasiões, foram prometidas rondas aos comerciantes da região. “Isso até aconteceu, mas uma noite, e só. A gente cansa, se irrita com esse abandono”, acrescenta.

Nas redes sociais, ela publicou fotografias e também vídeo da câmera interna, onde é possível acompanhar parte da ação do criminoso, que agiu por volta das 5 horas. Ela estima que ele tenha permanecido no restaurante cerca de 10 a 15 minutos.

“Hoje resolvi falar a minha e a nossa indignação. Mais uma das inúmeras vezes entraram no nosso restaurante, fomos assaltados e tivemos um prejuízo enorme, o vagabundo levou uma camiseta branca, jogou tudo que tinha no caixa achando que iria achar dinheiro, levou nosso tablet. O pior que o vagabundo abriu as geladeiras e o freezer e estragou toda a nossa mercadoria, tudo que estava preparado para servir nossos clientes estragou.
NÓS COMERCIANTES DA VILA OLIVEIRA NÃO ESTAMOS AGUENTANDO MAIS, CADÊ A SEGURANÇA DA CIDADE?”, questinou no desabafo, que ganhou diversos comentários de seguidores e amigos da comerciante.

Na publicação, as pessoas relatam que a sensação de insegurança está por toda a cidade. O post foi compartihado por outras pessoas, e recebeu mais de 130 comentários.

Desde o início deste ano, corredores comerciais e a região central tem registrado ações parecidas.

Em alguns locais, a invasões e roubos acontecem com intervalo de apenas alguns dias, como O Diário tem registrado (relembre uma de nossas reportagens).

Nestas oportunidades, Estado e a Prefeitura destacam ações para o reforço da segurança e solicitam denúncias e o registro dos boletins de ocorrência.

Rosane Leão, até a manhã desta quarta-feira (17), ainda não tinha feito o BO. “Tudo é para complicar, antes, você ia na delegacia e registrava, agora, não, ninguém te ouve, é por meio eletrônico. Farei isso, mas tudo é para dificultar. E, agora, tenho de cuidar dos nossos prejuízos”, diz, afirmando que sistemas particulares de segurança são caros. “É mais um custo para o comerciante”.

A comerciante também conta que, há alguns semanas, um vizinho  próximo dali também foi alvo do mesmo crime. “Agiram do mesmo modo, de madrugada e entrando pelo telhado. Não tem fim”, lamenta.

 

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