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Agressões na UPA Oropó repercutem nas redes e causam demissões

Ainda não foram divulgados os motivos que terminaram em socos, pontapés e cadeiradas desferidos por seguranças contra dois homens e uma mulher na madrugada do dia 31 de outubro, na UPA do Oropó, em Mogi das Cruzes. A mulher agredida estava com uma criança no colo. Imagens das cenas de violência passaram a circular nas […]

5 de novembro de 2022

Reportagem de: O Diário

Ainda não foram divulgados os motivos que terminaram em socos, pontapés e cadeiradas desferidos por seguranças contra dois homens e uma mulher na madrugada do dia 31 de outubro, na UPA do Oropó, em Mogi das Cruzes. A mulher agredida estava com uma criança no colo.

Imagens das cenas de violência passaram a circular nas redes sociais nesta sexta-feira (4). Uma sindicância administrativa foi aberta pela Secretaria Municipal de Saúde. Os funcionários da empresa terceirizada de segurança, a Sniper Serviços, foram demitidos, em atendimento a determinação da gestão municipal, que repudiou a conduta.

A mulher agredida estava com uma criança nos braços, durante uma parte das cenas de selvageria.

Pelas imagens, de dois ângulos na porta central do serviço de saúde e sem som, vê-se a chegada de dois homens, de camisetas vermelha e preta, e o início das discussões e empurrões.

Não é possível entender, apenas pelos vídeos, o motivo que teria gerado o desentendimento, logo depois da chegada dos homens, quando um dos seguranças, ainda estava sentado na porta da unidade tenta direcionar a dupla para o lado de fora do estabelecimento. 

Em determinado momento, uma mulher com uma criança no colo sai de dentro da UPA e também passa a discutir com o segurança (de terno preto). Logo após, outras pessoas aparecem, na tentativa de colocar fim à confusão e violência, mas isso não ocorre.

Uma funcionária pega a criança no colo, enquanto os funcionários desferem socos e cadeiradas nos dois homens, e a mulher também é empurrada. As vítimas tentam se defender, mas também devolvem as agressões.

Depois da confusão e o corre-corre dentro da UPA, servidores conseguem fechar a portão e dois agentes e as vítimas saem para fora do prédio. Não dá para saber o que aconteceu a partir daí e a nota oficial do gestor da UPA não inclui esses detalhes, porém, destaca que o caso foi levado à Polícia.

Na imagem interna da UPA, nota-se a tentativa de funcionários administrativos e da área de saúde tentando intervir na discussão e briga. Porém, as agressões demoram mais alguns segundos para terminar, no interior do espaço, onde poucas pessoas, àquela hora da madrugada, esperavam para ser atendidas. 

Depois do início da circulação das cenas, nota do INTS (Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde) aponta providências tomadas, como a demissão dos funcionários envolvidos, e a apuração dos fatos que foram registrados em um boletim de ocorrência. Além disso, não houve, segundo a INTS, prejuízo ao atendimento público.

Veja a nota à imprensa encaminhada pelo INTS que administra a UPA do Oropó:

“O INTS, responsável pela gestão da UPA Oropó, esclarece que, na noite do dia 31 de outubro, uma discussão envolvendo acompanhantes de paciente e controladores de acesso da unidade evoluiu para agressões absolutamente injustificáveis sob qualquer aspecto. A direção da unidade, imediatamente, contatou a empresa terceirizada responsável pelos controladores de acesso e solicitou o afastamento dos funcionários envolvidos, o que foi feito no mesmo momento. Da mesma forma, a direção da unidade realizou um Boletim de Ocorrência relativo ao ocorrido e mantém-se a disposição da polícia e de todos os pacientes e acompanhantes para o esclarecimento de toda a situação. Cabe ressaltar que nenhum paciente teve seu atendimento interrompido ou não realizado em razão do incidente.”

 

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