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Consumo de drogas, álcool e aglomerações no Centro Cívico geram reclamações

Nas últimas semanas, a movimentação no Parque Botyra Camorim Gatti, área do Centro Cívico de Mogi das Cruzes, chama atenção de comerciantes e pessoas que transitam pelo local. Muitos reclamam do aumento do consumo de álcool e de drogas entre jovens e adolescentes no espaço, especialmente à noite. Há registros de aglomerações neste período de […]

25 de abril de 2021

Reportagem de: O Diário

Nas últimas semanas, a movimentação no Parque Botyra Camorim Gatti, área do Centro Cívico de Mogi das Cruzes, chama atenção de comerciantes e pessoas que transitam pelo local. Muitos reclamam do aumento do consumo de álcool e de drogas entre jovens e adolescentes no espaço, especialmente à noite. Há registros de aglomerações neste período de pandemia da Covid-19, antes mesmo da atual fase de transição do Plano São Paulo..

Muitos moradores costumam passar pela região, localizada em ponto estratégico da cidade, próximo do Terminal, da Estação de Trem dos Estudantes, universidades. A área, que fica ao lado Prefeitura, Câmara Municipal, Fórum, Delegacia Seccional, também é monitorada pelas câmeras de fiscalização da Central Integrada de Emergências Públicas (CIEMP), instaladas no parque.

“São vários grupos de jovens que ficam reunidos ali, conversando, jogando basquete, andando de skate. O problema é que eles se aglomeram e a maioria não usa máscara e nem respeita o distanciamento”, observa a comerciária Gabriela Souza, que trabalha perto e passa pelo Centro Cívico praticamente todos os dias.

Um funcionário público que prefere não se identificar, reclama da falta de segurança. “Temos um problema sério atrás da Prefeitura, porque tem muitos jovens e adolescentes usando e abusando do consumo de drogas. Muitos deles também estão comercializando drogas”, comenta.

Ele conta que tentou fotografar para encaminhar as imagens à fiscalização, mas foi ameaçado por um grupo que percebeu a movimentação. “Fui abordado e tive que sair rápido de lá para não ter problema”, relata o servidor, chamando atenção para a falta de providências por parte da fiscalização.

Frequentadores relatam que se sentem constrangidos e até ameaçados. Um dos reflexos da insegurança é que moradores  das proximidades, que costumavam levar os filhos e os cachorros para passear no parque, uma área livre, também passaram a não mais frequentar o espaço.

“Tem muitos vândalos naquela região. Não há policiamento adequado e nem segurança para que as pessoas possam frequentar um parque público, que deveria ser uma área de lazer para as famílias, esportistas e crianças, e que está se tornando um ponto de venda de drogas”, comenta um outro funcionário público da Prefeitura, que também pediu o anonimato. Ele disse que já viu “casais fazendo sexo sem o menor constrangimento no parque”.

Os comerciantes que possuem trailers próximos a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), e também não querem se identificar por terem represálias, dizem que não se sentem seguros trabalhando ao lado do parque. Eles reforçam as queixam sobre o consumo de drogas, álcool e aglomerações, especialmente no período noturno. Alguns alegam que o problema se agravou muito na pandemia, período em que as escolas permanecem fechadas. “A falta de atividades e de ocupação na quarentena acaba atraindo esses grupos para o parque”, comenta um deles. 

Passado 

Mesmo fora do atual período de restrição de circulação de pessoas, por causa do combate ao coronavírus, o problema acontecia e era motivo de diversas reclamações feitas na própria Câmara Municipal, até o ano passado.

O próprio prefeito Caio Cunha (PODE) foi um dos denunciou a falta de fiscalização quando era vereador, nas duas últimas gestões. Na época, ele também chamou atenção para a falta de providências e de cuidado em uma região tão próxima à Prefeitura

Sobre as fiscalizações do Centro Cívico, a Secretaria Municipal de Segurança informa, em nota encaminhada a reportagem pela Coordenadoria de Comunicação, que “é feito patrulhamento constante no centro cívico no combate ao uso drogas, assim como no combate as aglomerações feitas pelos jovens”.

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