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Candidaturas de Haddad e França são entrave para aliança entre Lula e Alckmin

A resistência do PT e do PSB em retirarem as candidaturas de Fernando Haddad e Márcio França ao governo de São Paulo é hoje um empecilho para a consolidação da aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin para a disputa do ano que vem.  O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira(1º) […]

1 de dezembro de 2021

Reportagem de: O Diário

A resistência do PT e do PSB em retirarem as candidaturas de Fernando Haddad e Márcio França ao governo de São Paulo é hoje um empecilho para a consolidação da aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin para a disputa do ano que vem. 

O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira(1º) em uma reunião entre as cúpulas dos dois partidos em Brasília. 

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, reafirmou que só aceitará fechar o apoio da legenda a Lula se houver a contrapartida na eleição paulista. 

Caso opte por ser vice de Lula em vez de disputar o governo estadual novamente, Alckmin deve se filiar ao PSB. 

Os socialistas argumentam que os petistas não podem querer o comando do país e do maior estado da federação.    

— Esse acerto depende do apoio do PT à candidatura do Márcio França em São Paulo — afirma Siqueira. 
A direção do PT de São Paulo, por sua vez, não abre mão da candidatura de Haddad. 
— O PT terá candidato a governador de São Paulo e esse candidato chama-se Fernando Haddad — afirmou o presidente do PT estadual, Luiz Marinho. 
Apesar disso, Marinho afirma que estão ocorrendo conversas positivas entre o PT e o PSB tanto na esfera nacional como no estado. 
— A candidatura do Haddad é para nós uma prioridade. Não há espaço nenhum para falar em retirada. A conversa com o PSB envolve vários estados e tem um pedido para São Paulo. Mas esse pedido não tem a mínima chance de prosperar. 
O ex-prefeito vinha resistindo inicialmente a se colocar como pré-candidato, mas mudou de posição depois de uma cobrança direta de Lula. 

Nas últimas semanas, tem realizado agendas constantes em diferentes regiões do estado. 
Na terça-feira, visitou municípios da região metropolitana de São Paulo. Na semana passada, esteve no Vale do Ribeira, região do presidente Jair Bolsonaro. 

O impasse tem contornos mais duros porque tanto França como Haddad ajudaram a aproximar Alckmin de Lula. 

O ex-governador do PSB foi o primeiro a tratar com Alckmin sobre a possibilidade de união com Lula. 
O ex-prefeito, posteriormente, também entrou nas negociações. 

Além disso, com Alckmin como vice do petista, a disputa em São Paulo ficaria mais fácil. 

Pesquisa Datafolha realizada em setembro colocava o ex-governador na liderança, com 26%. Haddad e França estão empatados tecnicamente em segundo, com vantagem numérica do ex-prefeito por 17% a 15%. 

No cenário sem Alckmim, Haddad tem 23% e França, 19%. 

Os dois também ficam empatados tecnicamente no limite da margem de erro.  

O PSB também cobra apoio do PT à candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque ao governo do Rio Grande do Sul. 

Petistas gaúchos resistem por causa das críticas que Albuquerque vinha fazendo a Lula até recentemente.

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