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Roubo a mulheres em ponto de ônibus de Taiaçupeba assusta distrito

Desde o início deste mês, imagens sobre um roubo cometido por dois motociclistas contra três mulheres que estavam esperando o primeiro ônibus que deixa o distrito de Taiaçupeba, às 5 horas, provocam ainda mais apreensão a moradores do lugarejo rural, que possui cerca de 8 mil moradores (IBGE/2010) e registros de invasões a sítios e […]

17 de outubro de 2022

Reportagem de: O Diário

Desde o início deste mês, imagens sobre um roubo cometido por dois motociclistas contra três mulheres que estavam esperando o primeiro ônibus que deixa o distrito de Taiaçupeba, às 5 horas, provocam ainda mais apreensão a moradores do lugarejo rural, que possui cerca de 8 mil moradores (IBGE/2010) e registros de invasões a sítios e casas.

As três mulheres aguardavam o ônibus no ponto existente em frente à Paróquia de Santa Cruz, na Praça Cipriano Branco da Silva, na região central do distrito, quando os motociclistas passam por elas, retornam instantes depois e conversam com as moradoras.

Pouco depois, duas delas começam a sair devagar, antes de apressarem os passos e saírem do local. A terceira entrega a bolsa – que é revirada e depois devolvida à vítima – e logo após isso, a correntinha que estava em seu pescoço.

Após o sucesso, os motociclistas saem tranquilamente. O flagrante compartilhado pelas redes sociais parece ser do sistema composto por seis câmeras que monitoram trechos da região central de Taiaçupeba.

Moradores ouvidos por O Diário confirmam que esse tipo de furto é incomum, e dizem que as motos não são conhecidas na região. Também destacam que a comunidade vive um estado de insegurança, sentido sobretudo por quem mora pouco mais afastado desse miolo central, e convive com os relatos sobre a subtração de objetos, maquinários, ferramentas e outros itens com frequência.

O jornalista Dorival Martins Júnior, que reside com a família ao lado da histórica igrejinha de São Sebastião, afirma que as pessoas se mostram preocupadas porque já enfrentam os casos de furtos registrados em residências e chácaras, muitas delas, afastadas umas das outras. “A gente fica com medo porque, se precisar acionar a Polícia, sabemos que não é uma operação simples pela localização do distrito”, diz. 

Entre a região central e Taiaçupeba, dependendo do endereço, são mais de 30 quilômetros.

Uma base policial é mantida na região central, porém, os agentes não permanecem 24 horas ali. Funciona como um ponto que fica à disposição dos policiais, que estão fazendo rondas na região, e passam pela base, segundo observa Martins Júnior.

O jornalista lembra que não há uma viatura em tempo integral, o que facilitaria o atendimento a uma ocorrência.

A insegurança compromete projetos sociais, como os escoteiros do lugar, que se encontram no prédio da SAT (Sociedade Amigos de Taiaçupeba). Martins Júnior disse que, após o furto de objetos usados nas atividades com os escoteiros, na semana passada, o lugar foi novamente invadido – “só não levaram nada porque não deixamos mais os materiais ali”, ilustrou.

Há alguns meses, as famílias e agricultores viram fechar um posto bancário após assaltos, que ganharam repercussão no noticiário mogiano. 

Ex-vereadora, a moradora Odete Rodrigues Alves de Sousa, conta que as lideranças e atores como os integrantes do Conseg (Conselho de Segurança) acompanham e cobram medidas de proteção. Porém, admite que a base policial, em alguns dias, não possui agentes em tempo integral.

Foi no tempo em que ela exerceu mandato na Câmara Municipal, por meio de emendas parlamentares, que o distrito passou a contar com as câmeras que são um trunfo porque flagram quem entra e sai de Taiaçupeba. Segundo a Prefeitura, no entanto, elas não integram a central de monitoramento da administração municipal.

O Diário solicitou informações à Polícia Militar e Prefeitura sobre as queixas, políticas e as estrutura de policiamento preventivo e ostensivo.

A Prefeitura de Mogi, por meio de nota, se isenta de ações em favor da segurança no lugar, afirmando que as medidas cabem a corporações como a Polícia Militar.

A resposta afirma que “as câmeras de monitoramento de Taiaçupeba não são ligadas à Ciemp (Central Integrante de Emergências Púlblicas). Elas são operadas pela Base da Polícia Militar localizada no distrito. Assim, todas as providências para atendimento da ocorrência são realizadas pelos policiais militares e o trabalho de investigação, que pode utilizar as imagens, é feito pela Polícia Civil.

As informações sobre o atendimento do caso específico devem ser obtidas junto à Polícia Militar, enquanto as informações sobre a investigação ficam a cargo da Polícia Civil”.

Já o questionamento à Polícia Militar sobre o caso e o funcionamento da base policial ainda não foi respondida a O Diário até o momento da publicação desta reportagem. A resposta será acrescentada ao texto, quando isso ocorrer.

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