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Funai diz que servidor que desapareceu na Amazônia não estava em missão institucional

A Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmou que acompanha as investigações sobre o desaparecimento de Bruno da Cunha Araújo Pereira, junto com o jornalista Dom Phillips, na Amazônia, mas que o servidor não estava em “missão institucional”. De acordo com o órgão, embora ele integre os quadros do órgão, “se encontra de licença para tratar […]

6 de junho de 2022

Reportagem de: O Diário

A Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmou que acompanha as investigações sobre o desaparecimento de Bruno da Cunha Araújo Pereira, junto com o jornalista Dom Phillips, na Amazônia, mas que o servidor não estava em “missão institucional”. De acordo com o órgão, embora ele integre os quadros do órgão, “se encontra de licença para tratar de interesses particulares”. O Ministério Público Federal instaurou um procedimento administrativo e acionou a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Força Nacional, a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, e a Marinha do Brasil, após ser comunicado do sumiço de Pereira e do correspondente estrangeiro.

O MPF disse, em nota, ter sido informado do desaparecimento de Pereira e Phillips na manhã desta segunda-feira. O alerta sobre o desaparecimento dos dois foi feito pela organização indígena Univaja. “O MPF seguirá intermediando as ações de buscas e mobilizando as forças pra assegurar a atuação integrada e articulada das autoridades, visando solucionar o caso o mais rápido possível”, afirma a nota.

A dupla desapareceu no no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. Bruno Araújo era alvo constante de ameaças pelo trabalho que vinha fazendo juntos aos indígenas contra invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros. O Vale do Javari é a região com a maior concentração de povos isolados do mundo.

— Enfatizamos que, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, essa semana a equipe recebeu ameaças em campo, além de outras que já vinham sendo feitas à equipe técnica da Univaja e outros relatos já oficializados para a Polícia Federal e ao Ministério Público Federal em Tabatinga — afirmou Beto Marubo, membro da coordenação da Univaja, entidade composta por indígenas Marubo, Mayoruna (Matsés), Matis, Kanamary, Kulina-Pano, Korubo e Tsohom-Djapá.

De acordo com lideranças da Univaja, os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas.

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