Segundo registro de agressões a pacientes em Upas de Mogi sugere que algo vai muito mal na qualificação e na gestão da segurança
Imagens sobre as agressões a paciente em UPA de Mogi estão nas redes sociais e na imprensa nacional (Reprodução - Redes Sociais)
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Segundo registro de agressões a pacientes em Upas de Mogi sugere que algo vai muito mal na qualificação e na gestão da segurança
Imagens sobre as agressões a paciente em UPA de Mogi estão nas redes sociais e na imprensa nacional (Reprodução - Redes Sociais)
Com breve intervalo, um novo registro de violência física contra pacientes atendidos na UPA do Rodeio, em Mogi das Cruzes indica que algo vai muito mal na gestão e na qualificação do pessoal contratado para garantir a segurança na rede pública de saúde.
É uma violência inaceitável. Apenas a demissão sumária dos envolvidos não irá responder ao que indigna e agride a opinião pública e o cidadão mogiano: um serviço de saúde não pode ser palco de xingamentos, pontapés e socos.
Algo mais precisa ser respondido à população sobre as providências que estão sendo tomadas pelo governo municipal e as organizações sociais para que esses fatos não se repitam.
A Fundação ABC e Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) respondem pela gestão das UPAs do Rodeio e do Oropó, respectivamente. As notas protocolares não estão convencendo a depende da rede pública de sáude.
Nada justifica a selvageria compartilhada em redes sociais dos vídeos replicados desde novembro, quando ocorreu o primeiro caso de violência na UPA do Oropó, envolvendo, inclusive, uma criança. Os casos confirmam um descontrole preocupante por parte dos são contratados para garantir a segurança dos pacientes e moradores de Mogi das Cruzes.
Para além da falta de qualificação pessoal dos seguranças demitidos, esses casos refletem valores sobre a desconsideração e o desrespeito ao público e estão prejudicialmente atados à imagem dessas organizações sociais e do próprio setor de saúde.
Um outro efeito dessas graves violações de conduta profissional fere a imagem da própria cidade que passa a ser vista, por quem assiste a esses vídeos e reportagens, como um lugar onde a violência e a desumanidade são algo corriqueiro.
O primeiro caso ocorreu há apenas um mês. A proximidade entre os dois flagrantes denota uma falta de atenção dos gestores de um segmento já maltratado por questões como a demora no atendimento.
Espera-se mais da Secretaria Municipal de Saúde na condução da apuração destes fatos e na punição exemplar não apenas aos vigilantes - que foram demitidos sumariamente, segundo o prefeito Caio Cunha (PODE), mas também às organizações sociais que são pagas para bem gerir e prezar pela saúde pública de Mogi.
Também se faz necessário observar quem são e como estão operando as empresas contratadas para a segurança destes espaços públicos. E, inclusive, trocar de empresas, se for o caso, em favor de um bem maior: livrar os pacientes dos riscos de novamente serem alvo de fatos semelhantes.
Por fim, esse tipo de violência desenfreada exige políticas públicas do estado, combate à impunidade, conscientização sobre os direitos e deveres daquele que está a serviço do público e etc. Também expõe quão frágil está o tecido social, as relações entre as pessoas, algo que começa dentro de casa, bem sabemos, com os absurdos números da violência familiar. A espera pelo médico pode gerar tensão entre populares e as equipes de trabalho - porém, esses conflitos devem ser mediados pelo diálogo e a contenção dos ânimos, nunca por socos, pontapés e palavrões desferidos contra a parte mais frágil - o paciente.
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