'A Mogi-Dutra está pronta. A Mogi-Bertioga sequer será duplicada. Cobrar pedágio nestas duas estradas é um abuso econômico e social contra o morador do Alto Tietê'
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'A Mogi-Dutra está pronta. A Mogi-Bertioga sequer será duplicada. Cobrar pedágio nestas duas estradas é um abuso econômico e social contra o morador do Alto Tietê'
O pedágio em Mogi das Cruzes não é um fantasma, algo quimérico ou sobrenatural. É um plano do Estado para arrecadar mais dinheiro no projeto de concessão das rodovias litorâneas, ainda que se seja apresentado como uma cobrança justa e, a princípio, com valores menores do que os praticados em outras estradas concessionadas. É o Estado impondo mais uma taxa ao cidadão e ao mercado paulista.
Não há o que garanta a perenidade desses valores em patamares que parecem inferiores, porém, de fato, de fato, visam nova fonte rentável de arrecadação durante 30 anos. Se aprovado, o pedágio onera o “custo-Mogi”.
Nem mesmo a promessa de não cobrança a quem mora e trabalha no bairro do Taboão pode ser levada ao pé da letra porque aparece no projeto da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) como uma proposta no estudo feito por um governo que não ouve a vontade popular. Se ouvisse, o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, teria deixado esse plano maquiavélico contra Mogi onde ele estava: no mundo dos mortos.
A audiência pública explicitou a intenção do Estado de lançar o edital da concessão, por meio de PPP (Parceria Público-Privada) em outubro. Ou seja, como bem observaram participantes como o prefeito Caio Cunha, do Podemos, aquilo tudo não passou de rito. A decisão do Estado é mesmo manter a cobrança do pedágio em Mogi. Está nesse ponto do Lote Litoral, a saúde financeira da concessão - dos 16 pórticos previstos, o de Mogi responderá sozinho por 17% da receita esperada.
Hoje, comemoramos a decisão judicial de acatar ao pedido da Prefeitura, em liminar, para a realização de audiência na própria cidade. Fizemos um ponto, mas será preciso continuar lutando.
A questionável audiência demonstrou ao Estado a união dos mogianos na defesa da cidade - a maioria dos vereadores lá estava, e, se não ocorreu o mesmo com a bancada regional de deputados estaduais e federais, a presença de André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa de SP, deu peso à causa regional. A entrada em campo de Valdemar Costa Neto, o Boy, presidente do PL, e aliado de Tarcísio de Freitas, a favor dos mogianos e contra o pedágio, eleva o nosso poderio de fogo.
Além da pressão popular, a costura política poderá ser determinante.
Há de se buscar alternativa política ou jurídica para banir a ameaça de um pedágio incluído na concessão de maneira injusta, como Mogi das Cruzes já provou por a + b + todas as letras do alfabeto. A Mogi-Dutra já foi duplicada. A Mogi-Bertioga sequer será duplicada. Cobrar pedágio nestas duas estradas é um abuso econômico e social contra o morador do Alto Tietê.
A Coluna Informação de O Diário mostrou que o pedido do ressarcimento pelo dinheiro gasto por Mogi nas estradas “caducou”. Outros motivos existem. Dar visibilidade aos prejuízos e atrair a população mogiana, sobretudo explicando os efeitos dessa medida no bolso do morador - trabalhador e patrão, vendedor e consumidor, deu certo em campanhas de sucesso como a do Aterro, Não. A posição clara dos mogianos na audiência foi de combate e insatisfação com o passa-moleque aplicado pelo Estado.
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