'União e participação serão exigidas dos mogianos para acompanhar definições sobre investimentos e o pagamento do pedágios na concessão do Lote Litoral'
Sem detalhes sobre o que virá, resta aos mogianos cobrar os acordos políticos também firmados com Tarcísio de Freitas para perder o menos possível com a transferência da responsabilidade hoje do estado para a iniciativa privada (Foto: arquivo / O Diário)
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'União e participação serão exigidas dos mogianos para acompanhar definições sobre investimentos e o pagamento do pedágios na concessão do Lote Litoral'
Sem detalhes sobre o que virá, resta aos mogianos cobrar os acordos políticos também firmados com Tarcísio de Freitas para perder o menos possível com a transferência da responsabilidade hoje do estado para a iniciativa privada (Foto: arquivo / O Diário)
Há de se acompanhar muito de perto os estudos para a revisão da instalação de praças de cobrança de pedágio nas rodovias Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra no projeto de concessão do Lote Litoral confirmados pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).
Esse processo tem sido marcado por desencontros e enxertos desde o início, entre 2018 e 2019, quando o Governo do Estado preparava o lançamento da concorrência internacional para a concessão, que acabou suspensa em 2021.
Quem viveu essa história notou definições sobre obras, contrapartidas e pedágio serem modificadas à medida que a movimento popular tocado por moradores, lideranças, associações de classe e este jornal, em particular, obteve acesso aos planos da Artesp. Bom citar o drama da mobilidade e do isolamento que seria imposto a moradores de Braz Cubas com a chamada Rota do Sol, uma via que iria determinar mais uma divisão física no território da cidade que já é obrigado a parar tudo para ver o trem passar várias vezes ao dia por falta de obras públicas.
Questões técnicas, financeiras e jurídicas passaram a indicar impropriedades, além do principal senão: um pedágio na Mogi-Dutra, tido como o grande impulsionador financeiro desta concessão. Esse trecho já duplicado e pago pelo governo do Estado é o que fará girar os cofres do negócio, sem, entretanto, exigir dos futuros concessionários aportes específicos porque já está pronto. Ou seja, ali, está “a mina do ouro”.
Em um acordo eleitoral, na campanha passada, o ex-governador Rodrigo Garcia determinou a suspensão deste pedágio. Nem um mês após a chegada de Tarcísio de Freitas ao comando do Estado, a Artesp volta a estudar o projeto e, especificamente, a revisão das praças de cobrança de pedágio.
Sem detalhes sobre o que virá, resta aos mogianos cobrar os acordos políticos também firmados com Tarcísio de Freitas para perder o menos possível com a transferência da responsabilidade hoje do estado para a iniciativa privada.
Até o traçado anterior, nem mesmo falou-se na duplicação da Mogi-Bertioga. A promessa era de se ampliar fatias do saturado caminho. A concessão virá para “tapar” flancos na cidade e investir pesado mesmo, com duplicações e obras outras nos demais municípios. Quem vai pagar essa conta pelos próximos 20, 30 anos, poderá ser os mogianos, caso a mobilização política e popular não jogue pesado em campo.
No modelo anterior, cerca de 40% da receita da concessão viria de da Mogi-Dutra, que tem volume de tráfego maior do que a Mogi-Bertioga.
Até pouco tempo, a sociedade civil organizada - mesmo em ambiente hostil, com lideranças locais puxando a sardinha para o seu lado, saiu-se bem. Essa união será exigida ao extremo - a concessão do Lote Litoral é questão de tempo. O que não se sabe é como e quanto Mogi - sobretudo o morador mogiano, irá pagar por ela.
Não é futurologia. Mas, a falta de informações concretas da Artesp, já na largada desta etapa sinaliza quão importante serão a pressão e a participação dos mogianos no acompanhamento do que for decidido dentro dos gabinetes da agência e do Palácio dos Bandeirantes.
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