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EDITORIAL

Obras incompletas do Estado

'A Estrada do Pavan é caminho inseguro, sem acostamento, com buracos e depressões, e sem um sistema de drenagem que garanta a durabilidade do asfalto'

O Diário
27/01/2023 às 17:07.
Atualizado em 29/01/2023 às 08:26

Trecho problemático da Estrava do Pavan (Arquivo / O Diário)

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EDITORIAL

Obras incompletas do Estado

'A Estrada do Pavan é caminho inseguro, sem acostamento, com buracos e depressões, e sem um sistema de drenagem que garanta a durabilidade do asfalto'

O Diário
27/01/2023 às 17:07.
Atualizado em 29/01/2023 às 08:26

Trecho problemático da Estrava do Pavan (Arquivo / O Diário)

Não é a primeira vez que um caminhão não consegue parar a tempo de impedir um acidente na chegada à Estrada do Evangelho Pleno (Pavan), acesso obrigatório para os veículos pesados que descem a rodovia Mogi-Dutra. Na noite de quarta-feira, a ocorrência foi trágica porque acabou com a vida de um cidadão. 

Esse acidente foi tão complicado que até a retirada da carreta foi uma operação demorada e complexa, trazendo reflexos para o trânsito durante grande parte do dia seguinte, quando motoristas enfrentaram o tráfego lento para chegar a Mogi  das Cruzes como O Diário reportou.

Uma alternativa construída provisoriamente por causa das grandes tragédias ocorridas nos anos 1990 na entrada da Ponte Grande. Muitos nem sabem, mas caminhões pesados e desgovernados tiraram a vida de moradores do trecho inicial da rua Cabo Diogo Oliver e, por isso, caminhão não deve chegar a Mogi por ali.

A Estrada do Evangelho Pleno é incompatível com a sua vocação (preservar vidas) e o crescimento da cidade.

A correção do traçado da via de um só sentido aberta no improviso para impedir males maiores não foi feita quando deveria - durante a duplicação da rodovia Mogi-Dutra, concluída neste trecho em janeiro de 2005. A cidade e nem seus representantes políticos convenceram o governo do Estado sobre a  necessidade da duplicação e obras que dariam segurança aos usuários. 

Lá se vão mais de 30 anos sem um investimento que inibiria acidentes, além de garantir uma senhora economia aos cofres públicos municipais. 
A estradinha passou a receber mais carros de passeio por ser uma ligação com a via perimetral e, na sequência, a rodovia Mogi-Bertioga.
É um caminho inseguro, sem acostamento, com buracos e depressões que nunca serão vencidos.

Sem um sistema de drenagem decente, as operações de tapa-buraco são o mesmo que enxugar gelo - e, o  pior e mais grave, um desperdício do dinheiro público. 

Não há asfalto que dure.

É uma necessidade que se cobre melhorias neste acesso. Porém, lembramos aqui, que a duplicação não venha penalizar os mogianos, como já se tentou fazer, espertamente, no passado recente, quando técnicos da Artesp incluíram esse projeto nos planos da concessão do Lote Litoral. 
Essa duplicação deveria ter sido feita pelo governo do Estado no passado. Hoje, o acesso inacabado é argumento sobre a incompetência e negligência do estado - tanto que o projeto, naquela época, previa a alça de acesso à estrada do Pavan, o que não foi feito até agora e os esqueletos da obra estão lá para provar.

As duplicações executadas pelo DER e o Estado de São Paulo têm isso: são entregues incompletas, o mesmo se deu há pouco com a obra  entre a Mogi-Dutra e Arujá, que foi inaugurada faltando um trecho que ninguém fala quando será feito.

Tomara que o governador Tarcísio de Freitas coloque ponto final nestas pendências que dão, ao cidadão, a sensação de ser tratado com descaso por governadores, que, aliás, sempre saíram com a maioria dos votos dos mogianos das últimas eleições. 

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