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EDITORIAL

O presente de Tarcísio

'A sanha arrecadadora do Estado é tão grande que o atual governo não leva em conta a vontade soberana de uma comunidade que não aceita mais esse abuso'

O Diário
31/08/2023 às 13:54.
Atualizado em 31/08/2023 às 14:59

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EDITORIAL

O presente de Tarcísio

'A sanha arrecadadora do Estado é tão grande que o atual governo não leva em conta a vontade soberana de uma comunidade que não aceita mais esse abuso'

O Diário
31/08/2023 às 13:54.
Atualizado em 31/08/2023 às 14:59

Ao completar 463 anos de sua fundação, Mogi das Cruzes vai viver dias de festa, com shows de artistas famosos, inaugurações de obras, e a inevitável confraternização entre os seus moradores.

Um quadro que poderia ser melhor aproveitado por todos, não fosse a ameaça que paira sobre a cidade, sua economia e os bolsos de seus habitantes.

Uma ameaça cada dia mais forte e próxima de ser realizada pelo governo do Estado, de adotar a cobrança pelo uso de duas das principais rodovias - Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, que foram abertas por conta do suor e do espírito desbravador de nossos pais e avós.

O novo sistema free flow de arrancar dinheiro dos mogianos para obras no litoral da Baixada Santista é, na verdade, um eufemismo adotado pela atual administração estadual para evitar a palavra real - pedágio -, que assusta e indigna a todos.

Menos ao governador Tarcísio de Freitas, aquele mesmo que, em campanha, prometia livrar a cidade e a região, de uma vez por todas, dessa terrível ameaça à sua economia e à qualidade de vida de seus habitantes.

Tarcísio garantiu, mais de uma vez, mas foi preciso que ele se aboletasse - com a ajuda do Alto Tietê, é verdade - na cadeira de governador do mais rico Estado da Federação para que ele se esquecesse de tudo o que havia dito meses antes, quando anunciava todo tipo de obra para assegurar os votos necessários à sua eleição.

O governador eleito e já no cargo, hoje dá um péssimo exemplo às pessoas que acreditaram em sua palavra, nivelando, mais uma vez, por baixo, o estereótipo do político que não sustenta no cargo aquilo que prometeu em campanha.

A sanha arrecadadora do Estado é tanta que o atual governo não leva mais em conta a vontade soberana da população, contrária a esse abuso prestes a ser cometido contra uma cidade que enfrentou dias difíceis, no passado, para realizar aquilo que o Estado não teve vontade política ou competência de executar. 

As ligações de Mogi das Cruzes com a Via Dutra e com o litoral da Baixada Santista, como mostram reportagens desta edição especial de aniversário, hoje se tornaram fundamentais para a economia de toda a região  e para o turismo de paulistanos e de pessoas de toda a Grande São Paulo, que se valem das duas rodovias para a ida ou volta das praias do litoral Norte e da Baixada Santista.

São as mesmas estradas que, por incontáveis vezes, serviram como opção estratégica de trânsito durante interdições das rodovias Rio-Santos e Tamoios (São José -Caraguá).

As duas obras que, repetimos, custaram o suor de todos os mogianos, estão prestes a se transformar em caça-níqueis de um governo insensível e incapaz de ouvir o clamor popular vindo de muita gente que votou acreditando na palavra de um político que hoje não cumpre o que prometeu.

Tempo de aniversário é tempo de balanços e de presentes. Que os 463 anos de Mogi possam, de algum modo, sensibilizar o governador em relação a tudo isso que estamos dizendo.

E que ele cumpra com sua palavra, dando à cidade o presente que ela merece: o fim da ameaça dos pedágios. Afinal, Mogi das Cruzes não pode continuar sendo tratada com tamanho descaso por este governo.

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