'A sanha arrecadadora do Estado é tão grande que o atual governo não leva em conta a vontade soberana de uma comunidade que não aceita mais esse abuso'
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'A sanha arrecadadora do Estado é tão grande que o atual governo não leva em conta a vontade soberana de uma comunidade que não aceita mais esse abuso'
Ao completar 463 anos de sua fundação, Mogi das Cruzes vai viver dias de festa, com shows de artistas famosos, inaugurações de obras, e a inevitável confraternização entre os seus moradores.
Um quadro que poderia ser melhor aproveitado por todos, não fosse a ameaça que paira sobre a cidade, sua economia e os bolsos de seus habitantes.
Uma ameaça cada dia mais forte e próxima de ser realizada pelo governo do Estado, de adotar a cobrança pelo uso de duas das principais rodovias - Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, que foram abertas por conta do suor e do espírito desbravador de nossos pais e avós.
O novo sistema free flow de arrancar dinheiro dos mogianos para obras no litoral da Baixada Santista é, na verdade, um eufemismo adotado pela atual administração estadual para evitar a palavra real - pedágio -, que assusta e indigna a todos.
Menos ao governador Tarcísio de Freitas, aquele mesmo que, em campanha, prometia livrar a cidade e a região, de uma vez por todas, dessa terrível ameaça à sua economia e à qualidade de vida de seus habitantes.
Tarcísio garantiu, mais de uma vez, mas foi preciso que ele se aboletasse - com a ajuda do Alto Tietê, é verdade - na cadeira de governador do mais rico Estado da Federação para que ele se esquecesse de tudo o que havia dito meses antes, quando anunciava todo tipo de obra para assegurar os votos necessários à sua eleição.
O governador eleito e já no cargo, hoje dá um péssimo exemplo às pessoas que acreditaram em sua palavra, nivelando, mais uma vez, por baixo, o estereótipo do político que não sustenta no cargo aquilo que prometeu em campanha.
A sanha arrecadadora do Estado é tanta que o atual governo não leva mais em conta a vontade soberana da população, contrária a esse abuso prestes a ser cometido contra uma cidade que enfrentou dias difíceis, no passado, para realizar aquilo que o Estado não teve vontade política ou competência de executar.
As ligações de Mogi das Cruzes com a Via Dutra e com o litoral da Baixada Santista, como mostram reportagens desta edição especial de aniversário, hoje se tornaram fundamentais para a economia de toda a região e para o turismo de paulistanos e de pessoas de toda a Grande São Paulo, que se valem das duas rodovias para a ida ou volta das praias do litoral Norte e da Baixada Santista.
São as mesmas estradas que, por incontáveis vezes, serviram como opção estratégica de trânsito durante interdições das rodovias Rio-Santos e Tamoios (São José -Caraguá).
As duas obras que, repetimos, custaram o suor de todos os mogianos, estão prestes a se transformar em caça-níqueis de um governo insensível e incapaz de ouvir o clamor popular vindo de muita gente que votou acreditando na palavra de um político que hoje não cumpre o que prometeu.
Tempo de aniversário é tempo de balanços e de presentes. Que os 463 anos de Mogi possam, de algum modo, sensibilizar o governador em relação a tudo isso que estamos dizendo.
E que ele cumpra com sua palavra, dando à cidade o presente que ela merece: o fim da ameaça dos pedágios. Afinal, Mogi das Cruzes não pode continuar sendo tratada com tamanho descaso por este governo.
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