'Há risco real de Mogi pagar injustamente um alto preço porque nenhum novo real foi gasto na Mogi-Dutra. Pior do que isso, o Estado nem mesmo concluiu a duplicação até Arujá'
(Foto: Matheus Barbosa / Especial para o Diário)
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'Há risco real de Mogi pagar injustamente um alto preço porque nenhum novo real foi gasto na Mogi-Dutra. Pior do que isso, o Estado nem mesmo concluiu a duplicação até Arujá'
(Foto: Matheus Barbosa / Especial para o Diário)
Um compromisso importantíssimo está por ser marcado pelo governo do Estado para julho: a audiência pública que discutirá a implantação do pedágio rechaçado por Mogi das Cruzes na rodovia Mogi-Dutra. A cobrança também deverá atingir a Mogi-Bertioga, segundo projeta a Secretaria de Estado de Parceria e Investimentos de São Paulo, com base no conhecido estudo da Agência de Regulação do Transporte Rodoviário do Estado de São Paulo, a Artesp.
À porta de julho, ainda não são divulgadas a data e o local da audiência pública - o que se estranha porque, afinal, um assunto desse exige a comunicação clara, rápida e transparente para a participação popular. Está em jogo o destino de uma questão que a cidade já comprovou que não se sustenta e é prejudicial para o seu desenvolvimento.
O debate público será oportunidade para a sociedade organizada de Mogi das Cruzes opinar e contrapor os argumentos já conhecidos e que serviram para impedir o pedágio no passado recente, inclusive com uma ação movida pela Prefeitura de Mogi das Cruzes na Justiça, e a pressão popular por meio do Movimento Pedágio Não e de outras entidades sociais e classistas do município.
A notícia sobre a proximidade da consulta pública confirma o que mais tememos: um lamentável esquecimento do governador Tarcísio de Freitas. Quando candidato, ele prometeu a aliados e à população não instalar a praça de cobrança na Mogi-Dutra. É hora de honrar isso.
Argumento para a sede desmedida por arrecadação do Estado - que não cola, é o de que o pedágio será pago por quilômetro percorrido. Para o mogiano dos bairros conectados pela Mogi-Dutra, para a produção industrial e agrícola, o distrito industrial do Taboão, futuro econômico da região da Serra do Itapeti, o pedágio é prejudicial, amplia o custo de vida, penaliza a economia.
Esperamos o cumprimento da palavra do governador - em Mogi, a maioria dos eleitores acreditou no plano de governo e na promessa feita pelo republicano.
A se conferir: a mobilização anunciada por lideranças políticas e representantes de setores que vão da economia, indústria, comércio, serviços à agricultura. E também quanto essa questão pesará no cotidiano da política no futuro próximo, quando titãs alinhados ao governador Tarcísio de Freitas - PL, PSD, Podemos e PSDB - estarão de olho no voto para prefeito.
Deputados, vereadores e o prefeito Caio Cunha apoiaram Tarcísio - esse será um teste à representatividade política do grupo liderado por Valdemar Costa Neto. Afinal, esses nomes pediram voto para o governador diante de acenos como o pedágio não e a melhoria do Pronto-Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, e passarão pelo escrutínio eleitoral em 2024.
Há risco concreto de Mogi pagar injustamente um alto preço porque nenhum novo real foi gasto na Mogi-Dutra. Pior do que isso, nem mesmo a duplicação entre o trecho até Arujá foi entregue. A notícia sobre a audiência publicada por O Diário servirá para apressar lideranças locais: a audiência terá peso na continuidade ou não dessa insanidade.
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