O incêndio de um prédio durante dias na região comercial da rua 25 de março, na Capital, direciona o olhar para construções antigas e novas de Mogi
Em junho, um incêndio em prédio residencial assustou a Vila Mogilar, em Mogi, mas não deixou feridos (Divulgação)
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O incêndio de um prédio durante dias na região comercial da rua 25 de março, na Capital, direciona o olhar para construções antigas e novas de Mogi
Em junho, um incêndio em prédio residencial assustou a Vila Mogilar, em Mogi, mas não deixou feridos (Divulgação)
Desde o início da pandemia, Mogi das Cruzes se viu às voltas com registros pontuais de incêndios em prédios antigos e novos em regiões como o centro, onde casarões mais antigos foram adaptados para abrigar lojtas, e em outras áreas como o Mogilar e a Vila Oliveira.
Há alguns dias, o demorado controle do fogo que atingiu um prédio nas proximidades da conhecida e super frequentada 25 de Março, no coração da Capital, não passou despercebido por causa de uma situação que se repete em grande parte das cidades brasileiras - a falta de um rígido controle documental e das condições gerais de estruturas que podem ser o estopim para tragédias e prejuízos sociais e financeiros. Um outro fato de peso: há alguns meses, uma fiscalização revelou que escolas da cidade e do Alto Tietê estavam sem o AVCB, o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros.
Quando se vê um incêndio como o destacado no noticiário nas útimas semanas, em uma das regiões comerciais mais conhecidas do país, difícil não se pensar: e se fosse em Mogi?
Sinistros provocam prejuízos não apenas aos donos do prédio incendiado, mas também para a vizinhança e a sociedade que, de alguma forma, se são afetados.
Felizmente, em registros recentes em Mogi das Cruzes, não houve vítima. Porém, a exposição destes riscos mexe com a bolha que constrói pactos de silêncio, conveniência e impunidade sobre um assunto de interesse de toda comunidade.
São conhecidos os fatores por detrás desses perigoso terreno como a fragilidade dos sistema de fiscalização e até mesmo de brechas criadas por legislações sobre itens como o AVCB, que deve ser renovado anualmente dependendo das características e do uso de uma construção, além do fato de, no Brasil, não preservar a cultura de prevenção a incêndios.
Soma-se a isso outro problema no país: a falta de intimidade e de conhecimento de uma grande parte das pessoas e instituições públicas e privadas sobre os protocolos que podem fazer a diferença diante do surgimento de um foco de fogo que pode ganhar vulto e gravidade em poucos minutos.
Esse quadro remete ao seguinte: faltam cultura e fiscalização para a prevenção de incêndios. Mogi das Cruzes, diante do aumento de prédios desocupados - novos e antigos, deveria se ater a isso.
Uma sugestão seria a estruturação de uma rede de proteção e de informação que cruzasse a fiscalização dos órgãos competentes, o maior contato entre a comunidade e instituições como o Corpo de Bombeiros, e a disponibilidade de lideranças em articular setores, como o comercial.
E, olha, os riscos estão perigosamente registrados. Há poucos meses, a falta de AVCB em escolas de Mogi das Cruzes foi objeto de destaque em uma fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (acesso reportagem sobre esse assunto).
Se escolas funcionam assim, como devem estar lojas, pequenos centros comerciais, prédios antigos? O drama da 25 de Março fala muito sobre como Mogi das Cruzes e os poderes executivo, legislativo e judiciário devem ficar atentos e agir sobre esse assunto.
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