Limitar acesso ao PS do Hospital Luzia prejudica o sistema de saúde, provoca o retrabalho e eleva os gastos porque o paciente é levado, primeiro, para as Upas
Desde 2021, o maior PS da cidade foi fechado para população que somente tem acesso ao local se tiver passado por uma UPA ou coisa que o valha (Arquivo - O Diário)
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Limitar acesso ao PS do Hospital Luzia prejudica o sistema de saúde, provoca o retrabalho e eleva os gastos porque o paciente é levado, primeiro, para as Upas
Desde 2021, o maior PS da cidade foi fechado para população que somente tem acesso ao local se tiver passado por uma UPA ou coisa que o valha (Arquivo - O Diário)
Promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, a reabertura do PS do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo ainda não foi anunciada pela Secretaria Estadual de Saúde. Uma visita do secretário Eleuses Paiva, da Saúde, foi agendada em encontro com o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD) e o ex-secretário municipal da pasta, Teo Cusatis. O prefeito Caio Cunha (PODE) também vem tratando do assunto junto ao governo do Estado.
Fora do bastidor da política, esse assunto é de extrema urgência porque casos de pacientes com complicações gravíssimas e a morte do garoto João Victor Delfino Laurentino, de 11 anos, picado por uma cobra, em outubro, denunciam o erro e a negligência do poder público em limitar o PS do Luzia, no Mogilar, apenas a viaturas de resgate.
Desde 2021, o maior PS da cidade foi fechado para população que somente tem acesso ao local se tiver passado por uma UPA ou coisa que o valha. Ou seja, a mãe que tem o filho picado por uma cobra, como o João Victor, não pode levar a criança até lá. Primeiro, o Samu precisa ser chamado para, aí, sim, depois de uma ligação, o serviço levar o paciente ao local que tem as melhores condições de assistir casos mais graves.
Não é novidade para o governador Tarcísio de Freitas essa situação que foi alvo de promessa feita por ele mesmo a correligionários em um hotel de luxo da cidade, na campanha, e em entrevistas ao jornal O Diário e à TV Diário.
Mas, o governo está começando agora, dirão alguns.
Porém, isso é do conhecimento dos aliados mais próximos de Tarcísio de Freitas, os caciques locais do PL, que o apoiaram na eleição.
Embora a vinda do secretário permita que ele sinta de perto a orfandade de Mogi, quem acompanha essa história, sabe que a demora em se reverter essa decisão é injustificável.
O prefeito Caio Cunha afirmou que a decisão de fechar o PS ao público foi “burra”. A medida sobrecarrega o sistema que ordena a disponibilização de vagas nos hospitais (que são insuficientes), duplica o uso dos recursos humanos e materiais destinado a um mesmo paciente. Isso, sem contar no tempo gasto para se fazer a ficha, passar pelo primeiro médico, acionar uma ambulância para, apenas depois disso, levar um paciente grave para o Luzia.
No caso de acidentes com animais, como cobras, no ano passado, segundo a Prefeitura de Mogi, o protocolo foi alterado. Mas, e os demais pacientes? Continuarão dependendo do imponderável, ou seja: que o primeiro atendimento seja rápido, que tenha uma ambulância e que a vaga seja liberada para ser salvo? Isso, sem lembrar que as condições de atendimento no outro PS da cidade, o da Santa Casa, também sofre da mesma dor: a alta demanda por atendimento.
Que o secretário Eleuses Paiva venha logo e cumpra a promessa do governador Tarcísio. Quanto mais tempo esse protocolo for mantido, pior será o nosso sistema de saúde que pressiona as três Upas com um retrabalho que tem como sujeito e objetivo, um cidadão que pode estar entre a vida e a morte, como foi o caso do menino mogiano João Victor.
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