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EDITORIAL

Editorial: uma cidade sem paz

A segurança na cidade, durante a noite, se existe, anda pecando e muito. O cidadão vive com medo. Todos têm uma história sobre um furto, um susto, um prejuízo

O Diário
18/11/2022 às 16:51.
Atualizado em 19/11/2022 às 07:54

Na mesma semana em que duas ações policiais e de agentes da Guarda Municipal de Mogi das Cruzes detiveram ladrões em flagrante durante a prática de dois crimes, repercute o compartilhamento do pedido de ajuda feito pela proprietária de um restaurante na V (Crédito: Pedro Chavedar / PMMC)

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EDITORIAL

Editorial: uma cidade sem paz

A segurança na cidade, durante a noite, se existe, anda pecando e muito. O cidadão vive com medo. Todos têm uma história sobre um furto, um susto, um prejuízo

O Diário
18/11/2022 às 16:51.
Atualizado em 19/11/2022 às 07:54

Na mesma semana em que duas ações policiais e de agentes da Guarda Municipal de Mogi das Cruzes detiveram ladrões em flagrante durante a prática de dois crimes, repercute o compartilhamento do pedido de ajuda feito pela proprietária de um restaurante na V (Crédito: Pedro Chavedar / PMMC)

Na mesma semana em que duas ações policiais e de agentes da Guarda Municipal de Mogi das Cruzes detiveram ladrões em flagrante durante a prática de dois crimes, repercute o compartilhamento do pedido de ajuda feito pela proprietária de um restaurante na Vila Oliveira, vítima pela oitava vez em um ano de furtos e prejuízos financeiros.

A atuação da Polícia nos dois casos que acabaram com uma tentativa de sequestro em Braz Cubas e de um assalto a um veículo dos Correios, no Jardim Camila, ratificam o que a população clama e este jornal muito tem cobrado: o policiamento preventivo e ostensivo e a melhoria das estratégias de monitoramento e investigação para reduzir essa onda de crimes em todos os bairros da cidade.

As forças policiais não têm condições de manter um agente público em cada quarteirão. Por isso, a inteligência e estratégias, como o olhar eletrônico 24 horas em mais pontos vigiados, associadas ao rápido acionamento de equipes em viaturas ou motos, nunca foram tão urgentes.
Não apenas em Mogi das Cruzes, mas em todo o Alto Tietê - uma região onde quase não há mais limites entre os municípios.

Desde o início deste ano, determinados tipos de crimes avançam como uma pandemia - furtos e invasões em comércios, os sequestros-relâmpago, as gangues do pix estão nesse leque. 
É notório que a segurança na cidade, durante a noite, se existe, anda pecando muito.

Na entrevista a este jornal, a proprietária do restaurante comentou que, em outras ocasiões, interlocutores da Polícia Militar garantiram o reforço do policiamento - o que foi feito, mas pontualmente. Dias depois, disse ela, quase não se viam mais as viaturas.

O que está acontecendo é: por mais que medidas, como o Vigilância Solidária, sejam implantadas [na região da rua Capitão Manoel Rudge mesmo, o projeto começou a funcionar há poucos dias], elas não têm musculatura o bastante para ganhar escala em toda a cidade.

Outro aspecto da insegurança vivida pelo cidadão se deve à descentralização dos crimes - em todos os bairros. Até mesmo nos distantes, como Taiaçupeba, criminosos deram para agir porque encontram facilidade.

Um balanço recente dos crimes em Mogi das Cruzes trouxe números assombrosos - de janeiro a setembro, foram 3,6 mil furtos registrados - fora os que não são objeto de boletins de ocorrência. Por dia, são cerca de 13,3 registros. O dado não apenas assombra, indigna.

O mais grave é a sensação de insegurança, de abandono. Nessa batalha, o morador vira refém do medo. A cidade vive sem paz.

Redes sociais, reportagens, moções e pedidos na Câmara. Todos os dias, mogianos têm uma história para contar sobre uma invasão, um furto, um prejuízo.

O sequestro que ocorreu nesta semana e o impedimento do assalto aos funcionários dos Correios falam por si. Quando policiais estão nas ruas e as estratégias funcionam, a mensagem às organizações criminais é outra. Imagens inteligentes de câmeras são geradas, mas pouco valem sem o entrosamento dos recursos de segurança existentes. Pior ainda, sem viaturas e contingente disponíveis, esse monitoramento acaba sendo dinheiro público perdido, desperdiçado.

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