O poder público tem por obrigação prover os serviços, e de maneira horizontal, a toda a comunidade. Do zero aos 100 anos ou mais. É um direito de todos.
Com cerca de 1,2 mil vagas em atividades esportivas e na piscina - que sempre foi deficitária, com períodos sequenciais de abertura e fechamento, o Pró-hiper não dá nem para o cheiro (Divulgação - Pixabay)
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O poder público tem por obrigação prover os serviços, e de maneira horizontal, a toda a comunidade. Do zero aos 100 anos ou mais. É um direito de todos.
Com cerca de 1,2 mil vagas em atividades esportivas e na piscina - que sempre foi deficitária, com períodos sequenciais de abertura e fechamento, o Pró-hiper não dá nem para o cheiro (Divulgação - Pixabay)
Em outubro passado, uma audiência pública em Mogi das Cruzes apontou as principais deficiências no atendimento à população dos 60 anos ou +. Entre as demandas, estava o desaparelhamento do Pro-Hiper e do Centros de Convivência ao Idoso, o Cecim, que chegou a contar, no passado, com 10 unidades.
Nove meses depois, a Prefeitura de Mogi anunciou para o final de agostos a descentralização do atendimento do Pró-Hiper, com o atendimento específico a essa parcela da população nos 10 Centros Esportivos e Recreativos (CER) de Jundiapeba, Vila Industrial, César de Souza e outros.
Ainda não se trata da retomada do projetos da rede do Cecim, que funcionou especificamente para atender uma demanda extremamente repremida.
Com cerca de 1,2 mil vagas em atividades esportivas e na piscina - que sempre foi deficitária, com períodos sequenciais de abertura e fechamento, o Pró-hiper não dá nem para o cheiro.
Mesmo com a ampliação de vagas para cerca de 3 mil, esse serviço continuará aquém da necessidade da população estimada em quase 70 mil mogianos com idade acima dos 60 anos.
O governo municipal corre atrás de um prejuízo à sua imagem e de um legado hostil do passado. O que o Conselho Municipal do Idoso cobra - e não apenas da gestão atual, de Caio Cunha (PODE) não tem sido tratado como prioriedade, como política pública que se encaixe minimamente próxima do que ocorre na atenção à criança, que possui milhares de vagas em creches e escolas.
A comparação parece descabida, mas não é. O poder público tem por obrigação prover os serviços e de maneira horizontal a toda a comunidade. Do zero aos 100 anos ou +. É direito de todos.
Preservada a escala, a rede destinada a quem deveria ser honrado e melhor tratado justamente pelos anos de contribuição (impostos) e de trabalho à sociedade chega a ser vergonhosa. E, o que tem, não abriga todos no mesmo cobertor.
Há deficiências graves na atenção a idosos sem família, abandondos, vítimas de violência, pobres e/ou miseráveis, ou ainda desprovidos de familiares com condições socioeconômicas de atendê-los plenamente.
A cidade segue com apenas uma unidade do Centro-Dia do Idoso. Vaga disputada no Pró-hiper pode levar anos para ser obtida.
Não apenas Mogi das Cruzes, é necessário registrar, mas o Brasil não se preparou para a virada na tábua de natalidade e no aumento da expectativa de vida.
Soma-se a isso o desamparo brutal aos projetos que vinham sendo desenvolvidos e foram aniquilados durante a pandemia.
As políticas para o idoso precisam ganhar outro patamar. Com a aceleração de projetos e orçamento fixo e carimbado para uma parcela que não irá reduzir - ao contrário, a tendência é o Brasil seguir com mais adultos e idosos nas próximas décadas. A administração Caio Cunha acerta ao dar esse passo - reservar parte do mobiliário dos Centros Esportivos para os idosos. Porém, não cabe ilusão. O aumento das vagas será pontual e limitado. O que os idosos cobraram na audiência pública de outubro, uma mair e melhor cobertura a essa faixa etária, da está longe da nossa realidade.
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