A facilidade com que a cidade ficou por muito tempo no escuro e a dificuldade para se restabelecer o fornecimento da eletricidade mostram o quanto é frágil o nosso sistema de operação
Nem a Estação Mogi escapou dos transtornos (Eisner Soares)
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A facilidade com que a cidade ficou por muito tempo no escuro e a dificuldade para se restabelecer o fornecimento da eletricidade mostram o quanto é frágil o nosso sistema de operação
Nem a Estação Mogi escapou dos transtornos (Eisner Soares)
A forte chuva com ventos que atingiu boa parte da cidade, no final da tarde desta terça-feira (18), serviu para demonstrar até onde pode chegar a fragilidade do sistema local de transmissão e distribuição de energia elétrica.
Bastaram perto de 30 minutos de aguaceiro para que grande parte da cidade permanecesse sem abastecimento de energia elétrica, por conta de diferentes fatores indicados pela principal distribuidora, em nota enviada a este jornal.
Os reflexos do problema não tardaram a aparecer e o apagão dos semáforos logo transformou o trânsito da cidade num verdadeiro inferno, já que não houve agentes suficientes para ajudar a controlar o tráfego de veículos nos pontos mais movimentados de Mogi.
Para complicar ainda ainda mais, o desligamento da grande maioria dos semáforos aconteceu justamente num momento de rush, quando as pessoas tentavam retornar para casa, depois de um dia de trabalho.
A falta de luz afetou também o comércio em geral que, em muitos casos, antecipou o fechamento das lojas para não ter de trabalhar apenas com as luzes de emergência.
Em meio à grande confusão, havia a natural dificuldade de um contato com a distribuidora de energia para se obter informações sobre as previsões de restabelecimento dos serviços.
Mas se tudo isso não bastasse, houve casos que extrapolaram todos os limites da paciência, como o que ocorreu com parte do bairro do Mogilar, onde a interrupção no fornecimento de energia se aproximou das 20 horas ininterruptas. A energia que foi cortada alguns minutos após às 17 horas de terça (18), somente foi totalmente restabelecida às 11h45 desta quarta (19), quando moradores já se preparavam para descartar alimentos guardados em refrigeradores ou freezers. Mais algum tempo e isso fatalmente teria acontecido.
A facilidade com que a cidade ficou por muito tempo no escuro e a dificuldade para se restabelecer o fornecimento da eletricidade mostram o quanto é frágil o sistema de operação na cidade.
É lógico que é preciso levar em conta o vendaval fora dos padrões, as quedas de árvores sobre as redes, entre outros fatores.
Mas não se pode esquecer que fora da temporada de chuvas, a concessionária dos serviços tem tempo de sobra para prevenir tais problemas, retirando galhos que ameaçam os fios elétricos, reforçando instalações, especialmente transformadores, e cuidando de outros aspectos que contribuem para os cortes de energia em dias de chuvas e ventos mais fortes, como os que ocorreram em Mogi, no decorrer desta semana.
A empresa, que é eficiente na hora de cobrar pelos seus serviços - o que é muito justo, diga-se -, precisa demonstrar idêntico desempenho no momento de garantir a qualidade e presença permanente de seu principal produto, a energia, para toda a sua enorme clientela.
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