"Tedros Adhanom, da OMS, disse que a vacina chegou a 60% do mundo, mas a pandemia “não acabou em nenhum lugar até que termine em todos os lugares”
Vacina continua sendo fundamental para frear a pandemia (Divulgação - PMMC)
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"Tedros Adhanom, da OMS, disse que a vacina chegou a 60% do mundo, mas a pandemia “não acabou em nenhum lugar até que termine em todos os lugares”
Vacina continua sendo fundamental para frear a pandemia (Divulgação - PMMC)
A volta do uso das máscaras em todas as escolas (creches, universidades, unidades profissionalizantes) determinada pela Prefeitura fechou a semana que já havia começado, em Mogi das Cruzes, com uma alta de cinco vezes mais casos confirmados da Covid-19.
Nunca foi ilha, mas o mundo anda terrivelmente conectado entre si como a pandemia e outras doenças com potencial de colapsar os sistemas de saúde tão bem demonstraram.
Chegamos ao ponto de idas e vindas nas medidas de prevenção, apesar de o Brasil apresentar índices de vacinação melhores do que outros lugares.
Antes de o país voltar a falar no aumento das notificações positivas, inclusive, com o crescimento das internações em hospitais particulares, a flexibilização do uso das máscaras e das imposições contra as aglomerações davam a falsa impressão de que o caminho estava mais seguro.
Indicativos outros, diziam o contrário. Na semana passada, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros AdhanomGhebreyesus, na abertura de encontro anual da OMS, em Genebra, dizia que a pandemia certamente não acabou e alertava para os riscos concretos porque quase um bilhão dos moradores de países de baixa renda ainda não foram vacinados.
Enfatizou ele: “Reduzir os testes e o sequenciamento significa que estamos nos cegando para a evolução do vírus”.
Dessas falas, uma definição vale ser memorizada, apesar de o passado e presente bem clarificar. Tedros admitiu o avanço no enfrentamento da doença ao se atingir a marca de 60% da população mundial vacinada, porém, contemporizou, cravando que a pandemia “não acabou em nenhum lugar até que termine em todos os lugares”.
Esse novo pico da doença no País - ainda que o quadro clínico indique sintomas mais leves na maioria das pessoas infectadas, requer atenção pessoal e coletivamente. Regredir nas condições alcançadas - com a vida sendo tocada com mais segurança - dependerá do protagonismo individual e do poder de convencimento dos governos na defesa da saúde pública. Pesam o cansaço com a pandemia e o esquecimento de tantas vidas perdidas na articulação social.
Não apenas no Brasil onde o presidente Jair Bolsonaro foi um artífice do movimento contra a vacina e as medidas de prevenção ao SARS-CoV-2. Países como o Reino Unido pressionam autoridades. Valeu mais o “faça você o que eu digo, mas eu sigo minhas regras”. Memória curta interessa a muitos políticos.
Falar sobre a nossa influência em escala mundial para tratar a Covid, gripe ou a varíola do macaco parece estar fora da nossa vida comezinha. Não deveria estar. Com os impactos e ameaças flagrantes a todos os seres humanos e animais não no futuro, mas hoje, em função do esgotamento dos recursos naturais e de fenômenos como o aquecimento global, a decisão individual sobre como viver e qual pegada ambiental deixar no planeta terá relevância na instituição de um mundo habitável e menos apocalíptico.
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