'Abriu-se um enorme hiato no processo eleitoral de Mogi, o qual deverá durar até que as pedras do tabuleiro sucessório voltem a se ajustar'
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'Abriu-se um enorme hiato no processo eleitoral de Mogi, o qual deverá durar até que as pedras do tabuleiro sucessório voltem a se ajustar'
A política de Mogi das Cruzes terá de passar por uma reestruturação radical com a saída de cena, já praticamente certa, do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), prestes a deixar o seu lugar na Câmara Federal, em Brasília, para ocupar o concorrido cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), conforme ficou recentemente encaminhado pela Assembleia Legislativa.
Na próxima terça-feira (12), o mogiano deverá ser sabatinado pelos deputados e terá de mostrar seus atributos relativos ao cargo que deverá ocupar, logo que os parlamentares aprovarem o seu nome e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionar a medida. A próxima etapa será a posse.
E quando isso acontecer, Bertaiolli estará dando adeus a uma promissora carreira política, que teve início como vereador, antes de passar pela Alesp e Prefeitura de Mogi, antecedendo sua chegada à Câmara dos Deputados, onde exerce o segundo mandato parlamentar.
Toda essa caminhada teve sempre como pano de fundo a cidade de Mogi das Cruzes e seus eleitores, com quem Bertaiolli procurou manter uma parceria saudável, quase sempre vantajosa para ambas as partes.
E no momento em que resolve partir para uma carreira solo junto a um tribunal encarregado de avaliar as contas de vereadores, prefeitos, governador e órgãos públicos, o político rompe subitamente esta aliança e acaba por abrir um enorme vácuo na estrutura político-partidária da cidade, cujos demais personagens desse jogo de poder também se mostram um tanto quanto atônitos em relação ao futuro.
Afinal, Bertaiolli está deixando a cena política num momento especial, quando os partidos, seus aliados ou não, tentam definir quem serão os candidatos às próximas eleições municipais.
E não há como negar que ao político era reservado um lugar de protagonista nessa disputa. Fosse como candidato a prefeito ou apoiador de luxo de um candidato de seu grupo, que passaria a figurar entre os favoritos por contar com tão forte apoio.
Ao assumir o cargo de conselheiro do TCE-SP, Bertaiolli terá, obrigatoriamente, que se afastar da vida político-partidária, não apenas na cidade, como em todos os níveis.
E uma campanha na cidade sem sua presença direta, evidentemente que não será mais a mesma.
Por isso mesmo abriu-se um enorme hiato no processo eleitoral de Mogi, o qual deverá durar até que as pedras do tabuleiro sucessório municipal voltem a se ajustar. A essa altura do jogo, busca-se, nos bastidores, um rearranjo de forças para definir a correlação entre elas na disputa que se avizinha com rapidez cada vez maior.
Um cenário eleitoral sem a presença de Bertaiolli talvez fosse, até pouco tempo atrás, algo impensável para qualquer mogiano, estivesse ele ligado ou não à política.
O ex-prefeito sai de cena, onde deixa seu maior aliado, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Mas não deixa um herdeiro direto, algo com que os líderes políticos de Mogi nunca se preocuparam ao longo dos tempos.
Por conta de tudo isso, deve ter início um difícil período de ajustes na política local. Algo que, convenhamos, não será nem um pouco fácil.
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