Passada a poeira da eleição, prefeitos e deputados de Mogi e do Alto Tietê estão devendo respostas para as seguidas reclamações de espera por leito e cirurgias
Relato sobre a longa espera foi dado por familiares de Daniel Luiz Teixeira, internado no Hospital Regional de Ferraz (Arquivo Pessoal)
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Passada a poeira da eleição, prefeitos e deputados de Mogi e do Alto Tietê estão devendo respostas para as seguidas reclamações de espera por leito e cirurgias
Relato sobre a longa espera foi dado por familiares de Daniel Luiz Teixeira, internado no Hospital Regional de Ferraz (Arquivo Pessoal)
Desde o episódio de renovação do contrato de prestação de serviços da Santa Casa de Misericórdia, quando a falta de leitos para a transferência de pacientes era o principal argumento da gestão do hospital para ameaçar romper a parceria mantida com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, familiares começaram a recorrer, com mais frequência, a este jornal, para protestar sobre algo doloroso a qualquer pai, filho, mãe, neto: a longa espera por leitos e cirurgias - em alguns dos casos, por pessoas já idosas e com outras complicações de saúde.
Esse quadro também se repete em outros serviços hospitalares da região do Alto Tietê, como demonstrou reportagem publicada por O Diário nesta terça-feira (4).
Neste caso, a família do aposentado Daniel Luiz Bezerra, 67 anos, reportou que ele aguarda por uma cirurgia de grande porte para retirada de tumor no reto há 37 dias no Hospital Regional Dr. Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos.
Com a redução dos casos e internações por Covid-19, a rede estadual e municipal já deveria, nesta atual conjuntura, responder mais celeramente a situações como transferências de UPAs para leitos hospitalares.
Nas redes sociais, internautas fazem pedidos de ajuda desesperadores para solucionar uma situação que, se não for contida, caminha para um desfecho muito ruim.
Uma, duas semanas de espera por uma cirurgia, mesmo que não seja de urgência, impõe ao paciente preocupações sobre a possibilidade de agravar ainda mais o estado clínico e contrair outras doenças e infecções dentro de um hospital, ainda mais se tratando de individuos mais idosos.
O que a repetição desses relatos que, felizmente estão vindo a público, indica é um descontrole extremamente prejudicial.
Prefeitos, deputados eleitos e até candidatos derrotados, mas ainda no cargo e com capital político, demoram a se articular para defender a população que está sofrendo e temendo pela vida de seus familiares. A região precisa deles para estancar essa fratura na saúde pública regional.
O primeiro turno já passou. É hora, agora, de correr atrás do que foi prometido na campanha e ativado durante o enfrentamento da Covid-19, para se ampliar a capacidade dos hospitais públicos.
Lembramos estes casos porque, há algumas semanas, esses alertas e reclamações passaram a reproduzir um antigo histórico - a falta de estrutura, insumos, enfim. Algo muito grave está se desenhando a partir desses testemunhos que assustam pela gravidade e insensibilidade, inclusive, de médicos, na hora de fornecer a correta atenção às preocupações e pedidos de informação do paciente e seus familares.
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