"As cidades, principalmente as grandes, obviamente não têm condições de contar com policiamento em todos os lugares"
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"As cidades, principalmente as grandes, obviamente não têm condições de contar com policiamento em todos os lugares"
O noticiário policial nacional vem ganhando contornos preocupantes ao mostrar o elevado número de crimes praticados com o uso de motos. Os roubos sobre duas rodas tornaram-se um terror diário, havendo ocorrências em diversos horários, localidades e independentemente de classe social. Nos casos mostrados, em geral os bandidos atacam para roubar o celular e acessar a ferramenta PIX de transferência rápida de valores, mas os criminosos, sempre violentos, levam o que lhes pareça ter algum valor entre os pertences das vítimas. Sem falar nos homicídios.
Há um elemento comum nos crimes praticados com o uso de motos, que é a figura do garupa, o qual está sempre com arma em punho para o crime, deixando seu comparsa livre para sair em disparada.
As cidades, principalmente as grandes, obviamente não têm condições de contar com policiamento em todos os lugares, os criminosos são rápidos, mas diante de tantos casos mostrados que começam a se tornar banais pela repetição, o sentimento é de que é preciso fazer algo.
As motos servem ao lazer, de transporte para ir ao trabalho, estudar e se constituem em veículo importante para o sustento da família, como é o caso dos entregadores, porém, infelizmente a profusão de crimes apresenta uma situação de aumento exponencial que demanda ação policial focada nesta modalidade de delito.
Muitos motoristas ao parar nos semáforos temem a aproximação de motos com duas pessoas, o que mostra a sensação de insegurança que se espalha nas ruas. Evidente que não se pode generalizar, mas começamos a perceber que este tipo de crime não pode ser ignorado pelas autoridades e requer ações de inteligência e trabalhos de abordagem mais intensivos.
O mapeamento de localidades com ocorrências é um dado importante, não o único, porém, diante do aumento dos roubos com o uso de motos, se não houver forte ação preventiva, seguirá alimentando o roubo do veículo, que por sua vez instigará o bandido pela facilidade em escapar sobre duas rodas e propiciará cada vez mais casos de roubos noticiados todo dia.
Claro que este quadro não se reduz à questão policial, tem nele um elemento social e também político. No campo legal cabe ao Congresso Nacional ser capaz de perceber a demanda da sociedade e trabalhar a legislação punitiva. Uma lei mais severa não acaba com a criminalidade por si só, mas ajuda bastante. Questão de sensibilidade parlamentar.
Laerte Silva é advogado
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