'Muito se perdeu com piadas e fake news, atrapalhando a boa exposição daquilo que realmente interessava, a troca de experiências e opiniões sobre qualidade de vida'
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'Muito se perdeu com piadas e fake news, atrapalhando a boa exposição daquilo que realmente interessava, a troca de experiências e opiniões sobre qualidade de vida'
Esta semana conversando com o amigo Flávio Oliveira, que seguirá para a Tailândia novamente, especulávamos como atualmente as conversas sobre variados assuntos ficam na superficialidade diante da dinâmica das atividades das pessoas. No campo da política, depois de muitas discussões sem sentido nas últimas eleições, a boa conversa e trocas de pontos de vista passou a ser visto, infelizmente, apenas sob prisma partidário, do nós contra eles, do bandido contra o mocinho.
Muito se perdeu com piadas e fake news atrapalhando a boa exposição daquilo que realmente interessava, a troca de experiências e opiniões sobre qualidade de vida. Houve muita contaminação naquilo que poderia vir a ser o início de pensamentos propositivos.
E a imediatidade das coisas por sua vez acaba sendo o fio condutor das ações, de novo aqui referindo ao ambiente político. Tomemos por exemplo a chamada minirreforma eleitoral aprovada na Câmara dos Deputados no último dia 14 e que agora segue para apreciação do Senado Federal. Como diz respeito ao que mais interessa aos parlamentares, ou seja, sobre as regras e punições para partidos e candidatos, rapidamente entrou no radar do Congresso Nacional, afinal, ano que vem teremos eleições novamente.
São projetos que tratam da prestação de contas, inelegibilidades e cotas de participação de mulheres, temas importantes, mas de interesse pessoal de quem disputa cargo público, a despeito de tantos problemas nacionais de maior envergadura, como uma reforma administrativa para conter o tamanho da máquina do estado que não presta bons serviços, ou a urgente questão da segurança pública e legislação penal.
Só para se ter um pequeno exemplo da preciosidade da minirreforma, a pretendida mudança trata da permissão de compra de aviões e barcos pelos partidos com o uso do fundo partidário. Relevante para o Brasil isso, não é mesmo?
De volta ao começo do presente texto, como eu e Flávio conversávamos, se a sociedade não tem uma boa “conversa”, não fomenta o debate, refletindo a inércia a criação de espaços que permitem interesses corporativos, como os dos políticos, que tratam e resolvem na velocidade da luz o que melhor lhes convém, deixando de lado temas nacionais mais nobres.
Uma sociedade que se organiza sempre terá mais força para cobrar por desvios e tende a ser melhor representada, fechando um pouco a porteira da “lei” de Gerson para a classe política gosta de levar vantagem em tudo.
Laerte Silva é advogado
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