Esse ano há uma particularidade, isto é, a política que dividiu o país de uma certa maneira, associou a camisa amarela da seleção a um lado do campo político
(Foto: reprodução)
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Esse ano há uma particularidade, isto é, a política que dividiu o país de uma certa maneira, associou a camisa amarela da seleção a um lado do campo político
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Anos atrás aqui neste espaço escrevi sobre o quanto o brasileiro gosta do campeonato mundial de futebol, o qual estimula crianças e adolescentes a jogar bola, a olhar para craques aproximando-se do esporte, afastando-os das drogas, criando um ambiente patriótico, despertando a nacionalidade. Referi-me à beleza da Copa em nosso país que é tão carente de política com ética.
O Copa chegou e a seleção brasileira tentará mais uma vez a vitória tão esperada, tornar-se hexacampeã, trazer o “caneco” como se diz. É da natureza do país parar para assistir aos jogos e acompanhar a evolução do campeonato. Os dias dos jogos do Brasil acabam tendo expediente reduzido e abrem espaço para uma confraternização entre as pessoas. Nem todos, mas, tudo bem, a maioria acompanha a seleção canarinho.
Este ano há uma particularidade, isto é, a política que dividiu o país de uma certa maneira associou a camisa amarela da seleção a um lado do campo político, usando o verde amarelo como uma forma de expressar opção de voto. Tudo bem, a população tem direito à manifestação e veste-se como quiser.
Talvez, o mais importante neste momento, terminada a disputa eleitoral, seja a consciência de que o país precisa seguir em frente e, quem sabe, a Copa traga de volta o sentimento maior que o brasileiro tem, um povo solidário, amigo e que se une para uma torcida, independentemente de cores políticas. Sempre foi assim, e é assim que se espera ocorra este ano.
Muito se discutiu sobre vários temas ao longo da campanha eleitoral, e muita briga se viu por conta da opção de voto, o que é natural no ambiente político. Muitas vezes os excessos criaram tensões e algumas amizades sofreram arranhões, mas chegamos a um outro período, que se aproxima das festas de final de ano, onde mais uma vez a pacificação e confraternização é o que se deseja.
No passado falava-se do legado que a Copa realizada no Brasil deixaria com os estádios novos construídos, mas hoje, após um período difícil da política nacional, o campeonato talvez possa contribuir para recuperar a união nacional, ainda que nem todos curtam os jogos, mas que possa trazer de volta a compreensão de que os brasileiros formam uma nação só, que político não é para ser idolatrado, mas cobrado, que o futuro não está na divisão em cores de bandeiras políticas. Tomara.
Laerte Silva é advogado
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