'Dados da Confederação Nacional da Indústria, CNI, mostram que a cada R$ 100,00 investidos pelas empresas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), R$ 69,00 vêm da indústria'
O desempenho brasileiro o coloca na liderança entre os países localizados na América Latina e do Caribe. (Imagem: Reprodução/ Shutterstock)
O Brasil alcançou a 49ª posição entre os países mais inovadores de acordo com o Índice Global de Inovação (IGI). O País avançou cinco posições desde a última edição anual elaborada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), um dos braços da Organização das Nações Unidas (ONU). O desempenho brasileiro o coloca na liderança entre os países localizados na América Latina e do Caribe.
O levantamento mostra a importância dos investimentos na tecnologia e inovação, situação que tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente no setor industrial que é o principal investidor brasileiro.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a cada R$ 100 investidos pelas empresas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), R$ 69 vêm da indústria.
O aporte feito pelo setor fabril se traduz em investimentos na chamada Indústria 4.0, que inclui a automação de processos, utilização de Inteligência Artificial e a ampliação da robótica nos parques industriais, além, é claro, do desenvolvimento de novos produtos.
O ranking da Organização Mundial da Propriedade Inteletual mostra, ainda, um importante avanço do Brasil em relação aos países que formam o Brics, grupoformado pelos países que possuem um grande mercado emergente, ficando à frente da Rússia (51ª) e África do Sul (59ª) e atrás da China (12ª) e Índia (40ª).
Já considerando as 33 nações com renda média elevada, o Brasil ficou com a 6ª posição.
Segundo o estudo, nos últimos quatro anos e desde o início da pandemia de Covid-19, o País figura junto com Indonésia, Arabia Saudita, Paquistão e Maurício como as economias que mais avançaram em seu desempenho.
Mesmo com o crescimento, o ranking mostra que existe um longo caminho a ser percorrido. Em 2011, o Brasil chegou a ficar com o 47° lugar, a melhor desenvoltura até agora.
Mais que se destacar no IGI, os investimentos em inovação e tecnologia significam a sobrevivência do Brasil perante o mercado externo, onde cada vez mais os países desenvolvidos apostam pesado para garantir seu protagonismo.
O recente anúncio do Governo Federal de investir R$ 66 bilhões para inovação da indústria até 2026, aporte que integra o pacote de ações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), é uma das saídas - assim como o contínuo trabalho das indústrias - para atingir um desempenho mais robusto e relevante, que culminam na melhora da economia nacional.
José Francisco Caseiro é diretor do Sistema Fiesp/Ciesp no Alto Tietê
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