'Batendo a casa de R$ 6,69 em média, o litro do leite chegou a ser encontrado em alguns comércios por valores entre R$ 7 e R$ 10 e, apesar de ser tão consumido, não encontra o mesmo eco e discussão'
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'Batendo a casa de R$ 6,69 em média, o litro do leite chegou a ser encontrado em alguns comércios por valores entre R$ 7 e R$ 10 e, apesar de ser tão consumido, não encontra o mesmo eco e discussão'
Movimentou o noticiário nacional, e ainda há luz sobre o assunto, a questão dos preços dos combustíveis e o seu impacto em toda uma cadeia nacional de produção e influência nos preços dos produtos em geral. Preponderantemente rodoviário, o transporte dos produtos pelas sucateadas estradas brasileiras, salvo algumas exceções, tem também sua quota de responsabilidade com o preço dos fretes que pressionam o preço final nas prateleiras dos mercados.
A troca de comando na Petrobrás e algumas ações governamentais podem ter ajudado a baixar o preço dos combustíveis, isso é um alívio, embora a política de preços da estatal brasileira ainda seja discutível, tanto é que, lucrativa, anunciou que pagará o total de R$ 87,8 bilhões em dividendos referente ao segundo trimestre do ano, um grande recorde. Deste montante, R$ 32,1 bilhões serão pagos à União.
A introdução deste texto serve de partida para uma reflexão curiosa, isto é, enquanto muito se discutiu o preço do litro dos combustíveis, gasolina e etanol principalmente e sua elevação em sequência ao longo do ano, um produto muito consumido e que dispensa apresentações, também tem aumentado fortemente, este ano acumulando alta de 57% com grande peso na inflação, o leite, que influenciou o avanço do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Batendo na casa de R$ 6,69 em média, o litro do leite chegou a ser encontrado em alguns comércios por valores entre R$ 7,00 a R$ 10,00 e, tão consumido, apesar disto, não encontra o mesmo eco e discussão. Sem entrar aqui no mérito das razões deste aumento, a menor oferta do produto e outros fatores que afetam a sua produção, o paralelo com os combustíveis alimenta na verdade uma preocupação, que todo brasileiro deve ter e ponderar neste ano eleitoral, o de optar por alguém que possa trazer em seus discursos e nas suas manifestações, uma proposta para a economia que seja um caminho para o controle inflacionário em vários segmentos, principalmente no de alimentos, tão básico à sobrevivência.
Nos anos 80 o Brasil sofreu com a inflação dos alimentos e o controle da economia, por isso, uma atuação governamental para oferecer segurança alimentar é um ponto a se destacar na escolha do candidato a Presidente do Brasil. Os preços sobem, mas a disparada deve estar no radar e controle de quem for governar.
Laerte Silva é advogado
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