Estrela mundial, jogador foi apresentado pelo Al-Nassr, um dos principais clubes do país, na quarta-feira
nistia Internacional fala em 'sportswashing' e pede que CR7 alerte sobre direitos humanos na Arábia Saudita (Foto: reprodução / Twitter / AlNassr FC)
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Estrela mundial, jogador foi apresentado pelo Al-Nassr, um dos principais clubes do país, na quarta-feira
nistia Internacional fala em 'sportswashing' e pede que CR7 alerte sobre direitos humanos na Arábia Saudita (Foto: reprodução / Twitter / AlNassr FC)
A chegada de Cristiano Ronaldo ao Al-Nassr, um dos principais clubes da Arábia Saudita, voltou a levantar questões em relação aos investimentos do país no futebol. Em texto publicado em seu site, a Anistia Internacional, principal organização voltada à proteção dos direitos humanos no mundo, alertou para a possibilidade de "sportswashing" com a chegada do craque e pediu que o português use sua voz para falar sobre denúncias de desrespeito aos direitos humanos no país.
"Sportswashing" é um termo que se refere ao uso do esporte por parte de governos autoritários na busca por esconder problemas internos, incluindo aqueles relativos aos direitos humanos. A Arábia Saudita enfrenta um série de acusações sobre o assunto, em especial após a morte do jornalista Jamal Khashoggi, assassinado em uma embaixada do país na Turquia, em 2018.
"A contratação de Ronaldo pelo Al-Nassr se encaixa em um padrão mais amplo de sportswashing na Arábia Saudita. É muito provável que as autoridades sauditas promovam a presença dele no país a fim de distrair para o histórico terrível de direitos humanos do país. Em vez de oferecer elogios acríticos à Arábia Saudita, Ronaldo deveria usar sua plataforma pública considerável para chamar atenção aos problemas de direitos humanos no país", diz Dana Ahmed, pesquisadora do Oriente Médio da Anistia.
Não é a primeira vez que a Arábia Saudita vira pivô de uma polêmica relativa ao esporte. Em 2021, a polêmica compra do Newcastle por um fundo de investimentos ligado ao governo do país virou alvo de acusações de sportswashing. Na época, o negócio quase não saiu do papel, mas por outra acusação feita pela Premier League: a de que os sauditas estariam cometendo pirataria nas transmissões do torneio, resolvida posteriormente.
No comunicado publicado pela Anistia, Ahmed detalha as acusações contra o país e volta a cobrar uma postura atenta de Cristiano Ronaldo ao assunto. Em sua chegada, o português negou que tenha ido ao clube pelo dinheiro oferecido — segundo a mídia europeia, o contrato do jogador chega aos 200 milhões de euros (1,1 bilhão) anuais.
"A Arábia Saudita executa regularmente pessoas por crimes incluindo assassinato, estupro e tráfico de drogas. Num único dia no ano passado, 81 pessoas foram mortas, muitas condenadas em julgamentos grosseiramente injustos. As autoridades também continuam em sua repressão à liberdade de expressão e associação, com penas de prisões pesadas a defensores de direitos humanos, dos direitos das mulheres e outros ativistas políticos. Cristiano Ronaldo não pode permitir que sua fama e status de celebridade se tornem uma ferramenta de sportswashing dos sauditas. Ele deve aproveitar seu tempo no Al-Nassr para falar sobre o vasto número de problemas com direitos humanos do país", encerra.
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