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HOMENAGEM

Mogianos lembram o legado do Rei Pelé

Brasil perdeu o símbolo maior de seu futebol. Alguém que o mundo reverencia como uma ‘lenda’

Darwin Valente
08/01/2023 às 08:30.
Atualizado em 08/01/2023 às 08:39

(Arte: Danilo Scarpa / O Diário)

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Mogianos lembram o legado do Rei Pelé

Brasil perdeu o símbolo maior de seu futebol. Alguém que o mundo reverencia como uma ‘lenda’

Darwin Valente
08/01/2023 às 08:30.
Atualizado em 08/01/2023 às 08:39

(Arte: Danilo Scarpa / O Diário)

As manchetes dos principais jornais do mundo publicadas no dia de sua morte foram a prova mais contundente da importância do Rei Pelé para o futebol.

Para o americano The New York Times, ele era “a face mundial do futebol”; para o britânico The Guardian e o parisiense Le Monde, “a lenda”; enquanto para o argentino Clarín, “o símbolo supremo do futebol espetáculo”. O chileno La Nación foi mais além, referindo-se ao Rei como “o artista da bola que levou o Brasil para o topo do mundo e decidiu sentar-se ali”, enquanto o nosso Estadão foibuscar na morte do artista Pablo Picasso, o idêntico título que serviu também para o Rei: “Morre Pelé. Se é que Pelé pode morrer”.

Após sua morte, aos 82 anos, tornou-se lugar comum dizer que a pessoa sepultada num cemitério vertical de Santos, após ter levado mais de 300 mil pessoas para seu velório na Vila Belmiro, era apenas o cidadão Edson Arantes de Nascimento. Pelé não poderia ser porque “Pelé é eterno”.

Como no título do filme do diretor Aníbal Massaine Neto, que conseguiu reunir uma verdadeira chuva de gols, a maioria deles espetaculares, demonstrando toda a genialidade de um verdadeiro Rei do Futebol.

Ainda sob o impacto da pior notícia dos últimos tempos para o esporte mundial, mogianos, com o advogado Fábio Malta Moreira, postaram em redes sociais fotografias, que escondiam histórias vividas por eles ao lado de Pelé. No caso de Fábio, a foto mostra um jovem imberbe, mas já torcedor do Santos FC, que cruzou com o Rei no free shop do Aeroporto de Guarulhos e que acabou conquistando um autógrafo do ídolo no único papel disponível naquele momento: uma folha de cheque, guardada até hoje, agora como relíquia.

Já o ex-deputado Gondim Teixeira promovia uma paella para 1.200 pessoas do Mercadão de São Paulo, onde Pelé era convidado. Impressionado com a simplicidade do Rei, Gondim o convidou para mexer uma das panelas com uma colher de pau gigante. Pelé topou e os dois apareceram juntos na foto, diante do panelão.

Já o empresário Claudio Costa foi fotografado quando o Rei recebeu um grupo de jornalistas finlandeses, que veio ao Brasil ao convite da Valtra, originária daquele País. Diretor da empresa em Mogi, Claudio ciceroneou o grupo em encontros com o presidente da época, Fernando Henrique Cardoso e outras autoridades. Pelé foi a derradeira e, claro, a mais concorrida. Era o ano de 1997.

Mas quatro anos antes, em 1993, quem esteve com o Rei, na 1ª Feira Internacional de Esportes, no Expo Center Norte, foram os artistas mogianos Nerival Rodrigues e Lucio Bittencourt. Cada um teve exatos 10 minutos de prosa com Pelé. Nos seus, Nerival aproveitou para conversar com ele sobre a arte do futebol. À época, o jogador reunia material para montar um museu na cidade de Santos.

O artista ainda tem o diploma de vencedor do Prêmio Capricho da Pintura, realizado durante Feira e patrocinado pela antiga revista de fotonovelas. O diploma traz a assinatura de Pelé. 

Houve quem fez questão de estar no velório do ídolo, em plena Vila Belmiro. Os jornalistas mogianos Leandro Calixto e Edson Martins, o primeiro repórter e o outro, fotógrafo, ambos santistas doentes, enfrentaram a gigantesca fila para se despedirem do símbolo maior do futebol.

Mogianos, torcedores ou não do Santos, choraram por Pelé, um personagem cuja morte só aumentou a grandiosidade  de seu nome, o respeito por suas façanhas e a unanimidade mundial em torno do grande futebolista brasileiro.

Morre o homem, mas a lenda permanece, para ser cultuada para sempre por todos aqueles que amam o esporte e que têm em Pelé o exponencial maior de uma era que será eterna, como seus dribles desconcertantes, suas jogas maravilhosas e seus gols antológicos.
O Rei está morto. Viva o Rei!

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