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AUTO SUPERAÇÃO

Atleta de Suzano busca tricampeonato mundial de strongman

Mônica Filippon Sato embarca para Londres em julho para competir no Static Monsters

Fábio Palodette
20/05/2023 às 08:06.
Atualizado em 21/05/2023 às 11:35

FORÇA - Strongman, esporte que Mônica pratica, vem conquistando mais adeptos (Imagem: Divulgação)

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Atleta de Suzano busca tricampeonato mundial de strongman

Mônica Filippon Sato embarca para Londres em julho para competir no Static Monsters

Fábio Palodette
20/05/2023 às 08:06.
Atualizado em 21/05/2023 às 11:35

FORÇA - Strongman, esporte que Mônica pratica, vem conquistando mais adeptos (Imagem: Divulgação)

A atleta Mônica Filippon Sato, conhecida como “a mulher mais forte da América do Sul” e moradora de Suzano, está se preparando para brigar pelo terceiro título mundial de Strongman (Static Monsters). Ela competirá na categoria Master no campeonato que acontecerá nos dias 29 e 30 de julho, em Londres, contra atletas de todo o mundo. Além disso, em setembro, ela deverá participar do World Strength Games na Flórida, em Orlando, nos Estados Unidos.

No Static Monsters, Mônica mira quebrar os recordes sul-americanos – que já pertencem a ela – nas provas de apollon dead lift e no log lift.

Na prova apollon dead lift, os atletas têm que levantar uma barra carregada com pesos até uma determinada altura do solo. O diferencial é que a barra utilizada tem um diâmetro maior, o que dificulta a pegada.

Esta é a especialidade de Mônica que, no mundial, tentará levantar mais de 300 kgs.

Já o log lift é uma prova que envolve o levantamento de um cilindro, similar a um tronco de árvore, do chão até acima da cabeça.

O Strongman/ Strongwoman é um esporte que luta por mais reconhecimento e vem conquistando mais espaço na mídia. Tem como objetivo testar a força física dos competidores em uma série de provas desafiadoras.

Essas provas variam desde o levantamento de objetos pesados até o carregamento de peças de grande porte e outras tarefas que requerem força, velocidade, agilidade e resistência.

Mônica embarca para Londres no dia 27 de julho e faz a pesagem no dia 28. Depois virão dois dias de provas intensas.

Ela competirá com 10 atletas da sua categoria. “Esse ano a disputa será puxada, com competidoras muito experientes, incluindo participantes da Austrália, Estados Unidos e Londres”, relata Mônica. As expectativas, porém, “são positivas, com bastante treino envolvido”.

A moradora de Suzano explica que, na competição, a categoria Master não tem peso único para participantes. Atletas acima de 40 anos podem competir, independente da massa corporal. 

“O peso corporal faz bastante diferença, por isso é até mais difícil competir nessa categoria, podendo-se pegar atletas de 120 kg”, pontua ela.

Records

Mônica passa por uma boa fase na carreira. 

Em abril, disputou o Arnold South America, no Expo Center Norte, em São Paulo, onde estabeleceu dois recordes continentais: deadlift 215 kg e loglift 90 kg.

Mônica já foi chamada de ‘a mulher mais forte da América do Sul’ e detém recordes do continente (Imagem: Divulgação)

“Para a América do Sul, é o campeonato mais importante que há, o mais conceituado, o mais sério. Devido à sua seriedade, com suas cargas, é o único que consegue ranquear no mundial”, diz.

Mônica conquistou vaga para o mundial de julho após ser a vencedora da competição no ano passado, realizada em Ohio, nos Estados Unidos, conforme noticiado à época por O Diário.

Mesmo com a vaga garantida, ela disputou recentemente a série que servia de seletiva para o mundial, no Mato Grosso (MT), também se classificando.

O esporte está fazendo Mônica viajar pelo Brasil e pelo mundo, uma experiência “como um sonho”. Ela tem convite para outro mundial, em Orlando, em setembro. 

Mas as participações não são tão simples.

Por não ser um esporte tão presente na mídia e desconhecido para muitas pessoas, o strongman é acompanhado de uma série de obstáculos antes das competições para cada atleta. Pode ficar difícil conseguir o apoio necessário e muitas vezes até as prefeituras Brasil afora não valorizam os nomes que representam as cidades. 

Assim como em outros esportes de competições individuais, os custos de treinos, suplementos e viagens pesam muito no bolso.

Mônica conta que, felizmente, conseguiu o apoio do Instituto IbraChina – Instituto Sociocultural Brasil China – possibilitando levar o nome da região para todo o mundo. O Instituto custeará a viagem de Mônica e de seu treinador para o mundial em Londres. 

O IbraChina tem sede em São Paulo e tem como objetivo promover a integração sócio-cultural entre o Brasil e a China.

A atleta diz que espera “ver a modalidade ganhar mais espaço no cenário esportivo”. Toda divulgação ajuda. Ela convida o público a pesquisar mais sobre o esporte, que tem muitas provas distintas e até feitos “inimagináveis”. É verdadeiramente um esporte ‘peso-pesado’. 

Dedicação

Mônica treina praticamente a semana inteira.  Nos dias úteis treina em uma academia convencional, em Mogi das Cruzes. Nos fins de semana vai para a Capital, onde treina com Marcos Ferrari – atleta brasileiro de atletismo de força, muito conhecido na região, já que morou em Mogi e ajudou atletas da cidade.

Após o mundial de Strongman, Mônica já está pensando em migrar para outras modalidades, como o power lift. “Hoje estou focada no mundial. Depois de julho, estudarei uma mudança de categoria. Além disso, outros títulos também estão em vista”, projeta a atleta.

Trajetória

Mônica Filippon Sato já foi campeã paulista e brasileira de levantamento de peso em 2018 e é a atual recordista sul-americana nas classes “Apollon”, “Log Lift” e “Dead Lift”, tendo levantado, respectivamente, 250, 86 e 205 quilos. Além disso, a suzanense é a atual bicampeã sul-americana e foi bicampeã do “Static Monsters World Championships”, torneio mundial da classe, em 2021 e 2022. 

No ano passado, ela levou o nome da região para rede nacional ao participar do quadro ‘Acredite Em Quem Quiser’, do Domingão com Huck, exibido pela TV Diário. 

No programa comandado por Luciano Huck ela foi apresentada como a mulher mais forte da América do Sul.
No Mundial de julho (Static Monsters) Mônica estará acompanhada de Fátima Cipriano, outra atleta, moradora de São Paulo, que também representará o Brasil. (F.P.)

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