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O Diário já assistiu: leia a crítica de ‘Lilo, Lilo, Crocodilo’

Uma grata surpresa. Essa é a melhor definição para ‘Lilo, Lilo, Crocodilo’, que ainda está em cartaz no cinema de Mogi das Cruzes, no Mogi Shopping, mas que infelizmente perdeu muito espaço para filmes como ‘Adão Negro’ e ‘Pantera Negra 2’. Se puder, vá nas sessões únicas deste final de semana, às 13h10 do sábado […]

11 de novembro de 2022

Reportagem de: O Diário

Uma grata surpresa. Essa é a melhor definição para ‘Lilo, Lilo, Crocodilo’, que ainda está em cartaz no cinema de Mogi das Cruzes, no Mogi Shopping, mas que infelizmente perdeu muito espaço para filmes como ‘Adão Negro’ e ‘Pantera Negra 2’. Se puder, vá nas sessões únicas deste final de semana, às 13h10 do sábado (12) e do domingo (13). E leve a família toda, porque todos vão gostar.

Este filme, que tem forte apelo aos fãs de Shawn Mendes, já que o cantor é quem dubla o protagonista na versão original, e aqui no Brasil algumas músicas dele são mantidas, mostra que cinema não é sobre grandes reviravoltas, ou sobre cenas de ação megalomaníacas. Às vezes, vale muito mais uma história envolvente e comovente, que diverte e emociona, ao mesmo tempo em que ensina muito.

E Lilo traz lições valiosas, como a sinopse bem mostra. “Quando a família Primm se muda para Nova York, seu filho Josh tem dificuldades para se adaptar à nova escola e novos amigos. Mas tudo isso muda quando ele encontra Lilo, um crocodilo cantor que adora tomar banho, caviar e boa música; morando no sótão de sua nova casa. Os dois logo se tornam os melhores amigos, mas quando a vida de Lilo é ameaçada pelo malvado vizinho Sr. Grumps, os Primm precisam se unir ao carismático dono de Lilo, Hector P. Valenti, para mostrar ao mundo que uma família pode se formar nas circunstâncias mais inesperadas e não tem nada de errado em um grande crocodilo cantor com uma personalidade ainda maior”.

Aqui, as pessoas não são más de verdade. O vilão, por exemplo, é um homem amargurado, que tem atitudes grosseiras, mas não essencialmente más, o que deixa o foco no protagonista, um crocodilo antropomorfizado que não fala, mas canta, e assim expressa sentimentos, como amor em abundância, mesmo por um homem que o via como uma oportunidade, e não como um amigo.

Lilo é a representação visual de um animal, claro, mas em essência, de todos que se sentem diferentes, julgados pela sociedade. E o filme mostra: ser diferente não apenas é normal, como é bom, muito bom.

Surpreende ver Javier Bardem, de papéis sérios como em ‘Onde os Fracos Não têm Vez’ e ‘Mãe!’, cantar, dançar e fazer mágicas, na pele de Hector Valenti (veja foto acima) Porque sim, este é um musical. E ele, em fim de carreira, vê no crocodilo cantor uma chance de ascensão profissional e riqueza. Não dá certo, porque é preciso mais que isso. É preciso aprender a amar Lilo, e não a extorqui-lo.

O filme está cheio dessas lições, e recorre ao válido clichê do olhar infantil, clássico da ‘Sessão da Tarde’, para fazer com que a audiência enxergue isso. O filho dos Primm, Josh, encontra Lilo, e vê nele não um parceiro de palco, mas sim um amigo. Na verdade, o único amigo, já que os colegas de escola insistem em fazer bullying contra o garoto.

A partir destas relações, a gente vê e ri de um crocodilo gigante tomando banho em uma banheira, descobrindo como funciona um massageador elétrico e procurando comida no lixo. E se emociona com um crocodilo que ensina que os adultos precisam ter leveza na vida, não podem desistir dos próprios sonhos e devem valorizar a família.

As canções são um show a parte. Em português, Lilo canta com a voz empolgante de Marcus Eni. Em inglês, com o doce timbre de Shawn Mendes. E ele dança, rodopia. Faz tudo isso e ainda ensina humanidade aos humanos, enquanto provoca risadas de crianças e adultos que estão confortáveis em suas poltronas, comendo pipoca.

O trailer, que acompanha esta reportagem, dá uma boa ideia do clima, e no cinema do Mogi Shopping há um totem em que é possível tirar foto com Lilo, na cena do banho de banheira.

Outras informações sobre o filme estão disponíveis no site do Cinemark. É só selecionar Mogi das Cruzes como a cidade desejada e navegar pela programação.

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‘Sorria’

‘Amsterdam’

‘A Órfã 2’

 

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