Vendido como uma história de amizade protagonizada por um elenco de peso, filme entrega muito mais, o que compensa um início mais cadenciado e repleto de diálogos
Tudo acontece na década de 1930 e gira em torno da amizade entre dois soldados e uma enfermeira, vividos por Christian Bale, John David Washington e Margot Robbie (Divulgação)
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Vendido como uma história de amizade protagonizada por um elenco de peso, filme entrega muito mais, o que compensa um início mais cadenciado e repleto de diálogos
Tudo acontece na década de 1930 e gira em torno da amizade entre dois soldados e uma enfermeira, vividos por Christian Bale, John David Washington e Margot Robbie (Divulgação)
Uma história de amizade protagonizada por Christian Bale, Margot Robbie e John David Washington, complementada com personagens vividos por Anya Taylor-Joy, Robert De Niro, Rami Malek, Zoë Saldaña, Taylor Swift, Chris Rock, Mike Myers e outros nomes que formam um elenco de peso. ‘Amsterdam’, que está em cartaz no cinema de Mogi das Cruzes, no Mogi Shopping (veja horários abaixo), promete exatamente isso no trailer. O Diário já assistiu e pode atestar que isso é realmente entregue. Mas o filme não se limita a isso e apresenta muito mais.
Tudo acontece na década de 1930 e gira em torno da amizade entre dois soldados e uma enfermeira. No passado, este trio fez um pacto de sempre se protegerem, não importa o que aconteça. Mas o tempo passa, as relações se modificam, e em um dado momento, um assassinato acontece. Acusados pelo crime, eles precisam provar a própria inocência.
Esta é a sinopse de um enredo de mistério policial, o que ‘Amsterdam’ de fato é. Mas até chegar neste ponto, existe muito drama e muitos diálogos, que podem ser confusos se não receberem plena atenção de quem assistem.
Ao longo de 135 minutos, o filme dirigido por David O. Russell não tem medo em investir tempo para dar detalhes dos laços entre os personagens, e para isso aposta em diálogos longos e cenas de flashback.
‘Amsterdam’ está no título e não é por acaso. É lá que os protagonistas se conhecem. Margot Robbie literalmente salva a vida dos outros dois, que lutavam em guerra, um como soldado e outro como médico. Esse gesto estabelece uma relação de confiança genuína, embora o espectador possa, por um bom trecho da experiência, não entender a importância destes fatos, que aconteceram 12 anos antes dos acontecimentos do tempo presente em tela.
Quando o filme finalmente volta a se preocupar com o momento atual - o assassinato e suas consequências - o caminho fica claro, e muitas das perguntas vão sendo naturalmente respondidas a partir dos conhecimentos obtidos até aqui.
O filme é vendido como uma grande aventura entre amigos, sustentada por um elenco de peso, e esta provavelmente é a melhor maneira de explorar a imagem de ‘Amsterdam’.
Afinal de contas, seria mais difícil emplacar bilheteria com uma trama essencialmente dura, que aborda conspiração política e tentativa de golpe nos Estados Unidos de poucas décadas atrás, cenário que sugere uma similaridade assustadora com o mundo de hoje.
Assim que as luzes do cinema se apagam e o filme começa, uma mensagem alerta o espectador: “muitas destas coisas realmente aconteceram”. Está aí o que a sinopse vende como sendo “uma das tramas mais surpreendentes da história norte-americana”, e que não vale antecipar aqui, justamente para respeitar o bom trabalho feito pelo trailer, que esconde o ouro, mas não injustamente.
A dica é ficar de olho nos detalhes. Em vários momentos, a narração dos protagonistas fala diretamente com a audiência, inclusive com olhares diretos para a câmera, como uma constante ameaça de quebra da quarta parede. E as falas são sempre justificadas, servindo para o entendimento de algo mais tarde.
Observar com atenção, inclusive, pode revelar com antecedência o vilão da história ao espectador mais atento. Da mesma forma que pode, principalmente pelo o que diz o personagem de Chris Rock, evidenciar uma forte luta contra o racismo.
Assistir a ‘Amsterdam’ é como ler um livro, e acessar, portanto, um pedaço da história. Não é uma experiência essencialmente fiel aos acontecimentos, mas que consegue cativar o suficiente para fazer com que quem está assistindo fique curioso e vá pesquisar após a sessão.
O melhor convite para isso é a comparação, durante os créditos, de um discurso de Robert De Niro com o feito na vida real, pelo homem que inspirou o personagem. Aliás, atenção a De Niro, que embora não apareça muito, tem papel fundamental, assim como Rami Malek, que assume grande poder na trama, o que não fica muito claro e pode, mais uma vez, gerar confusão.
Então sim. 'Amsterdam' vale pela tal história de amizade e pelo elenco que dispensa comentários. Mas também vale pela curiosidade em acompanhar um momento histórico pouco difundido, ao menos no Brasil.
E o filme está em cartaz no cinema do Mogi Shopping. Nesta sexta-feira (14), é atração na sala 7 (VIP), às 16h00. Já no sábado (15) e no domingo (16), será exibido na mesma sala, mas às 16h15. Todas estas sessões são legendadas, e mais informações estão disponíveis no site do Cinemark.
Outro filme, este de terror, que também é opção para assistir no final de semana é 'Sorria'. O Diário também assistiu e produziu uma crítica. Clique aqui para ler.
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