Big Brother Brasil, o reality show mais esperado, visto e comentado, estreia nesta segunda-feira (16). Como sempre, em O Diário o leitor encontrará as principais notícias sobre o programa, como as formações de Paredão e as entrevistas com os eliminados. Mas em 2023, há uma novidade: a estreia de uma coluna semanal, opinativa e crítica, escrita por Roco Nicodemo.
Inclusive, o primeiro texto de Roco já está no ar. Mas antes de ler, saiba aqui quem ele é.

Criador e apresentador do canal Descontrole Remoto, que tem 57,5 mil inscritos no YouTube, 127 mil seguidores no Facebook e mais 19,1 mil no Instagram, Roco tem categoria para falar sobre o reality que já chegou chegando. Na última quinta-feira, quatro dias antes da estreia, o Big Fone tocou no Mogi Shopping e movimentou muita gente.

Formado em Rádio e TV, Roco não apenas gosta como tem experiência profissional com reality shows. Ele atua há mais de uma década no mercado audiovisual e esteve nos bastidores de vários programas.
A paixão, no entanto, vem lá de 2002, quando estreou justamente o ‘Big Brother Brasil’. “Desde que o formato chegou, já me seduziu como telespectador. Lembro que era muito viciado nas primeiras edições, a ponto de ter revistas e kits de CD com VHS dos melhores momentos, além da trilha”.

A palavra usada pelo comunicador, para resumir, é “sedução”. Ele se sentiu seduzido pelo formato – assim como milhões de pessoas que assistem anualmente. Mas houve uma “virada de chave” causada pelo “fator surpresa e interatividade”.

“Poder, de alguma forma, conduzir o programa escolhendo quem fica e quem sai, era coisa que me atraía muito, tanto que no início, quando se gostava de alguém, criava-se um blog para ela, fazia campanha na escola”. Ele próprio entrou nessa onda e fez um site para a Marcela, do ‘BBB’ 4.

Mas ele próprio nunca se inscreveu. Primeiro porque, no início, era muito novo. E depois, quando já tinha idade suficiente, teria que abrir mão da faculdade e do mercado de trabalho, que já o provocava a participar de documentários.

Parece que o caminho escolhido era o correto. Afinal, a “primeira oportunidade na TV aberta” já juntava estas duas paixões: documentários e reality show, pelo programa ‘A Liga’. De lá, saiu direto para a produção de conteúdo do ‘Mulheres Ricas’, e na sequência emendou o ‘Are You The One?’.

Aqui, a experiência de Roco se estendeu também à parte técnica. Dessa vez, ele ficava nos bastidores, cuidando do switcher de vídeo. Basicamente, “acompanhava a movimentação e organizava o conteúdo que nunca parava de ser gravado”, já separando os materiais em uma espécie de “mapa” que depois iria para a edição.

Este trabalho o levou a outro, ainda mais intenso. No ‘The Circle’, da Netflix, os participantes ficam confinados em um prédio, cada um em um apartamento. A comunicação entre eles é feita por uma “rede social” (leia-se, Roco Nicodemo). Era ele quem cuidava desta tarefa, ou seja, quando alguém enviava uma mensagem, lá estava ele, mais uma vez nos bastidores, agora digitando comandos que exigem precisão e agilidade para que tudo seja feito em tempo real. 

É importante explicar esta trajetória profissional pois este último capítulo da história coincide com a pandemia de Covid-19, período no qual Roco decidiu intensificar a produção própria de conteúdo. Antes disso, ele já tinha o canal no YouTube, mas o encarava como um hobby, não mantendo regularidade e frequência na postagem de vídeos.

Mas em 2020, o ‘BBB’ foi diferente. Tinha gente famosa na casa mais vigiada do Brasil – o grupo “camarote” – e isso fez com que a audiência fosse extrapolada para muito além do normal. Surgiam ali, portanto, as primeiras análises no ‘Descontrole Remoto’.

No ano seguinte, superando o insuperável, o reality conseguiu emplacar a ganhadora de maior sucesso nas redes sociais até hoje: Juliette. E para essa edição, Roco já estava preparado, com “cobertura completa”, com direito a lives diárias, de segunda a segunda, faça chuva ou faça sol, sempre às 12 horas – formato que foi mantido em 2022 e segue firme e forte agora em 2023.

O sucesso foi tanto que não se limita mais ao ‘Big Brother Brasil’. Roco também cobriu a última edição de ‘A Fazenda’. O lado fã, porém, fala mais alto, e ele não esconde o apreço pelo formato da TV Globo. “É muito interessante e bem executado. É um reality superior em muitos aspectos, de elenco, edição, direção de arte, provas. A qualidade é muito redonda, e entendendo essa estrutura e o tamanho da equipe envolvida, não tem como falar que é um programa ruim. As pessoas podem não gostar, mas se pararem para analisar, não tem como negar que é tudo muito bem feito”.

Roco destaca as “votações auditadas, que garantem transparência maior” e também o fato da emissora abraçar, ao invés de ignorar, as questões sociais que surgem dentro da casa, jogando luz aos temas e elucidando o que é preciso. 

Por tudo isso, ele, que “fica com as câmeras ligadas praticamente o dia inteiro” e também “acompanha e monitora perfis nas redes sociais”, se diz “super lisonjeado” com a coluna que terá em O Diário pelos próximos meses. 

“É uma responsabilidade. Um programa que mobiliza torcidas, mexe com pessoas. Me sinto super empolgado, com desafio de escrever semanalmente de alguma forma, passar um retrato do que está rolando dentro da casa e ao mesmo tempo mostrar os vários pontos de vista e tentar entender a leitura do público de acordo com o andar da narrativa”, finaliza.