Prefeito Caio Cunha afirma que não haverá desfile e defende reorganização da Amesb para fortalecer a festa popular
Apresentação de bateria e do pavilhão das escolas, como a Vila Industrial, tricampeã do Carnaval de Mogi, é programada pela Prefeitura de Mogi (Arquivo O Diário)
O prefeito Caio Cunha (PODE) comentou que já se reuniu com representantes de escolas de samba de Mogi das Cruzes e a agenda caminha para a realização de um encontro de baterias de escolas, no Mogilar, e o fortalecimento da festa tocada por blocos de rua. Desfile, no modelo antigo, não será realizado neste ano. Uma aposta futura é a repaginação da antiga Amesb, a Associação Mogiana das Escolas de Samba e Blocos.
O Carnaval cairá no período entre 20 e 21 de fevereiro. Nos dois últimos anos, por causa da pandemia, a festa popular não foi realizada em razão da Covid-19.
O último Carnaval ocorreu em 2020, quando a Vila Industrial conquistou o tricampeonato, algumas semanas antes de o coronavírus impor as restrições sociais que afetaram fortemente as comunidades carnavalescas.
Em 2019, a Vila também foi campeã. Nos dois anos anteriores, 2018 e 2017 não foram realizados os desfiles de rua, e a cidade ainda não engatou tendência registrada em outros municípios de se privilegiar o carnaval de blocos.
Em uma conversa com jornalistas, quando questionado como seria o Carnaval, o prefeito Caio Cunha contou que após conversas com representantes das escolas, o governo decidiu que não será montada uma estrutura para o desfile. Pesa, nessa decisão, o fator financeiro. Não haverá desfile, segundo afirmou, por “questões financeiras e por prioridade”.
Ficou acertado, com esses representantes de entidades, a realização de um encontro durante os dias do Carnaval, uma espécie de apresentação de baterias e dos pavilhões das escolas, no interior do CIP, onde está o Pró-Hiper, no Mogilar. Caio defende o fortalecimento dos bloquinhos de rua.
O gestor destacou que o valor dos desfiles de rua é alto e a gestão municipal defende a organização das entidades, com o ressurgimento da Amesb para que a realização dos desfiles seja feita com recursos obtidos junto à iniciativa privada.
Esse modelo, aliás, segundo o prefeito, será adotado na festa de aniversário de Mogi das Cruzes, em 1º de Setembro, quando a Prefeitura não deverá investir dinheiro próprio para a contratação de shows e estrutura, um ponto que encarece as festas populares.
“A gente precisa repensar o Carnaval de Mogi e teremos (neste ano) uma apresentação da bateria-show, com os pavilhões das escolas, não é um desfile, no estacionamento do Pró-Hiper, e também fortalecer o lance dos bloquinhos – o modelo anterior é muitíssimo custoso, e com pouco retorno. A gente acaba mais gerando uma movimentação de pessoas, do que um espetáculo”, comentou.
A ideia é promover a reestruturação da Amesb para que os desfiles se tornem uma fonte de geração de renda para as entidades.
O mesmo, acrescentou o prefeito, deverá se dar com a festa de aniversário da cidade. “A Prefeitura não quer colocar um centavo, a Prefeitura quer que haja uma exploração comercial em cima disso, por exemplo, se uma empresa trouxer um show da Ivete Sangalo, quem vai pagar é a produtora (não é que ela vai vir, é apenas um exemplo, acrescentou o prefeito). E isso é que as grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo fazem”, acrescentou.
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