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“Cuidem da alma da cidade”, diz Zélia Duncan, no show de aniversário de Mogi

Em um show marcado por músicas de várias fases de sua carreira, a cantora e compositora Zélia Duncan apostou em canções próprias e no repertório afetivo, na noite desta quinta-feira (1), em Mogi das Cruzes. Na apresentação, que faz parte da programação da unidade mogiana do Sesc para comemorar os 462 anos da cidade, ela […]

1 de setembro de 2022

Reportagem de: O Diário

Em um show marcado por músicas de várias fases de sua carreira, a cantora e compositora Zélia Duncan apostou em canções próprias e no repertório afetivo, na noite desta quinta-feira (1), em Mogi das Cruzes. Na apresentação, que faz parte da programação da unidade mogiana do Sesc para comemorar os 462 anos da cidade, ela deixou um recado ao público formado por 1,5 mil pessoas, que lotou a arquibancada e o gramado do espaço de lazer: “Cuidem da alma da cidade”.

Para Zélia, a comemoração é dupla, já que a artista está completando 40 anos de carreira. “Passou tão rápido, estou tão feliz e sinto muito energia. Uma data como hoje é tão importante por comemorar o aniversário de uma cidade, não só por você ter nascido nela, mas por ser o lugar que te acolhe e você ajuda a construir. Estou muito feliz em comemorar isso com as pessoas aqui”, disse.

A artista também falou, em entrevista a O Diário após o show, sobre a importância da retomada dos eventos culturais com o abrandamento da pandemia, o que ela atribui à vacinação contra a Covid-19, amplamente defendida por Zélia nas redes sociais. “A importância da vacina é como a importância que cada um dá à propria vida e à vida de todos. Cuidar de você e de quem está perto, é cuidar da vida, o único bem que realmente temos. Então, por isso estamos aqui, voltando à vida, podendo se encontrar ainda com cuidados. Temos que dar valor à saúde, como sempre foi. Só existimos como sociedade e espécie por causa das vacinas que fizeram para nos proteger. Então, sempre estarei a favor da vida e da ciência”, enfatizou.

Durante uma hora e meia do show, aberto com a música “Tudo é Um” e que reuniu pessoas de várias faixas etárias na plateia, Zélia, acompanhada da banda formada por Ézio Filho (direção musical e baixo), Webster Santos (violão, guitarra e cavaco), Léo Brandão (teclado e acordéon) e Christiano Galvão (bateria), interagiu com o público e também enalteceu o trabalho de artistas, seja pela composição ou sucesso que fizeram cantando as músicas por ela escolhidas para trazer aos fãs. Lembrou Cássia Eller, na canção “O Segundo Sol”, Vange Leonel (“Noite Preta”), Itamar Assumpção (“Vê se Me Esquece”), Cazuza (“Exagerado”) e Rita Lee (“Pagu”).

Também trouxe músicas eternizadas na sua voz, como “Catedral”, “Alma”, “Não Vá Ainda”, “Tudo Sobre Você”, entre outras.

Entre uma canção e outra, em vários momentos, deixou mensagens explícitas sobre sua posição política, aproveitando a proximidade das eleições presidenciais do próximo mês. Encerrou o show com a frase “Nos vemos na vitória”. E recebeu de volta da maioria do público: “Olê, olê, olê, olá. Lula, Lula”.

Programação 

A gerente do Sesc Mogi das Cruzes,  Denise Mariano, o show inicia um mês de festividades dentro do projeto Mais Um pra Somar – Mogi das Cruzes 462 anos. “Até o fim do mês ainda haverá mais 10 shows, teatro, concerto, dança, atividades sócio educativas, ambientais e muito mais”, destaca. 

A programação completa pode ser 
acompanhada pelas redes do @sescmogidascruzes .

No projeto “Mais um pra Somar: MogiMogi das Cruzes – 462 Anos”, desenvolvido pelo Sesc para marcar o aniversário da cidade, estão reunidas diferentes intervenções artísticas, iniciativas socioambientais e educativas. A programação traz encontros e reflexões sobre o passado e o presente da cidade de Mogi, além de diálogos sobre o futuro da cidade, com um olhar especialmente atento às culturas afro-brasileira, nordestina, indígena, nipo-brasileira e suas contribuições para a formação do município.

Além dos protagonistas mogianos, as programações apresentam também artistas e articuladores de diferentes regiões do país para promover a troca de experiências, a diversidade e o encontro e a celebração.

Entre as atrações, está o espetáculo “Umbigo a Umbigo”, com a banda Yayá Massemba, de Diamantina (BA). O show reúne canções autorais e releituras de corridos do samba de roda, saudando a tradição popular aliada a novas formas de expressão. A sonoridade do espetáculo “De Umbigo a Umbigo” é baseada nas expressões da origem do samba, sobretudo, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, numa interpretação que reinventa os fraseados de viola no violão 7 e no cavaquinho.

A banda Yayá Massemba nasceu em 2018, na Chapada Diamantina, a partir da vontade de fortalecer e dar visibilidade ao protagonismo das mulheres no samba. As musicistas pesquisam o samba de roda, samba chula, samba rural e a capoeira, expressões da cultura negra baiana.

A apresentação pode ser conferida neste domingo (4), às 16 horas, com entrada franca e sem a necessidade de retirada de ingressos.

Outra atividade é “Vivência de Yoga Integral”, com Dani Bisol. A proposta do Yoga Integral é que cada indivíduo encontre e desenvolva o seu movimento e ritmo em sua prática cotidiana. Através de exercícios de respiração (pranayama), posturas (ásanas), meditação/relaxamento (dharana e dhyana), o yoga Integral busca a integração completa do ser humano em si mesmo, atuando em nossa essência mais profunda.

A atração acontecerá todos os domingos deste mês, a partir do dia 4, das 10h às 11h, no Galpão Multiuso do Sesc Mogi, com entrada franca e direcionada ao público a partir de 12 anos. Serão entregues no local com 30 minutos de antecedência.

Para as crianças, haverá o teatro infantil “R.U.A – Recontando uma aventura”, com a históra de dois garis que trabalham carregando uma grande lixeira repleta de sucatas, quando, por meio de uma simples lembrança, embarcam em uma aventura inesperada, recontando, de forma criativa, o clássico “Moby Dick”.

Por meio do teatro de objetos e da ressignificação de materiais, embarcamos na viagem do Navio Pequod na esperança, mais uma vez, de transformar a frieza da rua e a dura rotina dos garis, em mais uma grande saga, onde ainda se pode sonhar!

O espetáculo, encenado pela Cia. Eureka, fundada pelo ator Robson Emilio em 2006, será encenado neste sábado (3), às 16h, com entrada franca e entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência

A “Mediação de Leitura: Conta comigo?”, com a Cia. Passarinho Contou, acontecerá aos sábados e domingos deste mês, com início neste dia 3. Na alameda arborizada da unidade, as educadoras da Cia. Passarinho Contou apresentarão uma seleção de livros infantis em um espaço criado para o acolhimento e leitura do acervo, criando pontes entre leitores e livros.

A Cia. Passarinho Contou atua desde 2009 com as artes da linguagem, desenvolvendo músicas, contação de histórias, espetáculos, mediação de leitura, cortejos musicais e afins. Desde 2016, as integrantes da Cia. têm composto músicas autorais que trabalham em torno das ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, agenda 2030.

A atividade acontece das 10h às 12h e das 13h30 às 16h30, com entrada franca e sem necessidade de entrega de senhas.

Ainda direcionada ao público infantil, há a oficina “Jogos Tradicionais para crianças”, com Danilo Medeiros, educador do Espaço de Tecnologias e Artes. Nessa atividade vamos convidar as crianças a embarcarem no mundo mágico dos jogos como dama, tangram e jogo da velha, desde a construção das peças até a aprendizagem das regras. Trata-se do jogo como espaço lúdico e facilitador de aprendizagem, raciocínio logico, desenvolvimento espacial e criativo.

A oficina gratuita será ralizada das 10h às 12h e das 14h às 16h, para pessoas a partir de 16 anos, com 12 vagas. Haverá entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

O Sesc Mogi fica na rua 

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