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Artistas lembram que o Casarão do Chá merece ser visto e apreciado; veja ilustrações

Produzidas pelo artista Danilo Scarpa para o Festival de Aprender (FestA), promovido pelo Sesc Mogi, as ilustrações desta reportagem contam “uma breve história do Casarão do Chá”. Trazê-las para esta edição de O Diário é mais do que válido. Afinal, começa neste domingo a 9ª edição do Festival de Cerâmica do local (veja detalhes aqui). […]

7 de agosto de 2022

Reportagem de: O Diário

Produzidas pelo artista Danilo Scarpa para o Festival de Aprender (FestA), promovido pelo Sesc Mogi, as ilustrações desta reportagem contam “uma breve história do Casarão do Chá”. Trazê-las para esta edição de O Diário é mais do que válido. Afinal, começa neste domingo a 9ª edição do Festival de Cerâmica do local (veja detalhes aqui).

Monumento histórico nacional considerado como um dos marcos da imigração japonesa no Brasil, o Casarão do Chá foi erguido em 1942. No Instagram do Sesc Mogi, o post com todas as artes explica como tudo começou.

“Durante a segunda guerra, a Europa não conseguia comprar chá da Índia. Por isso, algumas sementes da planta do chá chegaram da índia ao Brasil escondidas no miolo de um pão para driblar a alfândega de lá. 

Ao vir do Japão, o empresário  e engenheiro agrônomo Fukashi Furihata percebeu que o Brasil seria um potencial fornecedor. As mudas de Camélia que produziram o chá foram levadas de Registro para sua Fazenda Cocuera, em Mogi das Cruzes. Com o crescimento dos negócios, uma nova fábrica foi construída, nascendo assim o Casarão do Chá

Kazuo Hanaoka, que trabalhava na lavoura da região, foi o construtor. Pelo rio chegaram as madeiras que ficaram imersas na lagoa da fazenda para a retirada da seiva dos troncos. Depois foram enroladas em tecidos e regadas para secarem lentamente e não racharem”.
Nascia então, o Casarão do Chá, com paredes de taipa (tramas de bambu e barro em técnicas japonesas. As madeiras, da estrutura, foram encaixadas. “Não se usou um prego sequer”.

Como fábrica de chá, o prédio que fica próximo a Estrada do Nagao, funcionou até a década de 1960. Infelizmente, com o tempo o local foi se deteriorando, em uma situação parecida com a que enfrenta, hoje, o Casarão dos Duque.

A diferença é que, nos anos 1990, o ceramista Akinori Nakatani iniciou o processo para a restauração do Casarão do Chá. De lá para cá, o espaço vem recebendo turistas em eventos como o Festival de Cerâmica, que já é tradição e só parou nos últimos dois anos em razão da pandemia de Covid-19.

Além das artes de Danilo Scarpa, em estilo cartoon, esta história pode ser acompanhada de outras maneiras no Instagram @sescmogidascruzes. Os artistas Murilo Sponda e Júllio Vieira também foram convidados a participar, com as vertentes da xilogravura e mangá, respectivamente. 

O trio passou uma manhã no endereço, ouvindo histórias, aprendendo, tirando fotos. O resultado são três publicações que se complementam, e favorecem a divulgação sobre um um patrimônio cultural nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).

 

Festival de cerâmica está de volta

Após um recesso de dois anos, o 9° Festival de Cerâmica do Casarão do Chá será aberto neste domingo, às 9 horas, em no monumento histórico nacional considerado como um dos marcos da imigração japonesa no Brasil. Com entrada gratuita, nos dias  7, 14, 21 e 28 de agosto, o evento movimenta a agenda de ceramistas brasileiros com a oferta de oficinas, exposição e venda de peças, e outras atrações. Clique aqui para ler mais.

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