Posição do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes destaca o apoio do setor ao governador Tarcísio de Freitas que havia prometido não retomar o projeto
Em visita à região, o governador Tarcísio de Freitas demonstrou a intenção de instalar o pedágio Free Flow na rodovia Mogi-Dutra (Foto: divulgação / Fernando Nascimento / Governo do Estado de São Paulo)
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Posição do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes destaca o apoio do setor ao governador Tarcísio de Freitas que havia prometido não retomar o projeto
Em visita à região, o governador Tarcísio de Freitas demonstrou a intenção de instalar o pedágio Free Flow na rodovia Mogi-Dutra (Foto: divulgação / Fernando Nascimento / Governo do Estado de São Paulo)
Uma nota de repúdio do setor comercial de Mogi das Cruzes e Alto Tietê endereçada ao governador do Estado, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, passou a circular entre comerciantes e autoridades nesta segunda-feira (10), após a retomada dos estudos para a implantação de um pedágio na rodovia Mogi-Dutra.
No documento, o Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes, o Sincomércio, afirma que não é hora de acelerar o custo de vida dos moradores e das atividades comerciais em Mogi das Cruzes e região e pede a suspensão do projeto que, na semana passada, foi defendido por Tarcísio de Freitas em visita à Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos (leia aqui).
A nota de repúdio será encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas, deputados eleitos pela região de Mogi das Cruzes e outras autoridades como prefeitos - o objetivo é marcar território contra uma possibilidade que se apresenta como algo cada vez mais real. Isso porque o governo do Estado pretende realizar, ainda neste mês, uma audiência pública para discutir a implantação do pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertoga, adotando o sistema free flow (quando a cobrança é feita por quilômetro rodado pelo motorista e sem a presença de praça de cobrança - o sistema será automatizado).
No documento, o comércio lembra que não esperava a reativação dos estudos. No ano passado, a promessa do governador Tarcísio, durante a campanha eleitoral, era de não implantar o pedágio, uma medida rejeitada pela opinião pública e a população mogiana e regional por causa da elevação dos custos da mobilidade em uma estrada duplicada no passado. Protestos, reuniões e articulações, além de um processo judicial, demonstram a contrariedade da cidade e Alto Tietê com a inclusão do pedágio na concessão das rodovias litorâneas.
"Prezado Governador Tarcísio, essencialmente não foi essa a esperança que sua chegada ao poder despertou naqueles que empreendem heroicamente não é de hoje. Estamos certos de sua consciência plena disso", clamam os comerciantes, acreditando, no entanto, no entendimento e na sensibilidade da autoridade diante de um assunto urgente e negativo para o Alto Tietê.
"Já dissemos e repetimos: a história marcará para sempre aqueles que comprometerem essa via essencial para o desenvolvimento econômico´", avisa o setor comercial da cidade que tem na presidência do Sincomércio, o comerciante Valterli Martinez.
Presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, dirige a entidade que representa os comerciantes e foi uma das primeiras a divulgar nota contra o pedágio na Mogi-Dutra após a retomada dos estudos para a implantação da cobrança no local (Arquivo O Diário)
A entidade reforça o apoio ao movimento Pedágio Não, e destaca que o pedágio irá prejudicar, seriamente, o escoamento de produtos em Mogi das Cruzes e na Região Metropolitana, além de penalizar a economia do Alto Tietê.
O posicionamento da entidade é duro e direto. Cita o desapontamento com a retomada da avaliação de um projeto que parecia estar sepultado: "Ficamos negativamente surpresos que essa proposta derrotada na gestão passada, tenha ressurgido em seu governo. Na ocasião, o cancelamento dessa cobrança lesiva recebeu o total apoio dos representantes políticos de nossa região. O movimento continua. Pedimos que esteja do lado certo", indica a mensagem do Sincomércio, uma das primeiras entidades locais a vir a público após as notícias do desarquivamento do projeto com a retomada dos estudos para incluir a Mogi-Dutra na malha de rodovias pedagiadas do Estado.
LEIA editorial de O Diário sobre a retomada dos estudos para a cobrança pela passagem na Mogi-Dutra.
Veja a nota divulgada pelo Sincomércio na íntegra:
"Nota de repúdio
Não é hora de se acelerar o custo de vida, encarecendo o ir e vir da atividade produtiva de uma região inteira, já tão abalada pela crise econômica. Por isso, continuaremos apoiando o movimento Pedágio não!
Repudiamos que o Governo do Estado de São Paulo continue com a intenção de implantar uma praça de pedágio, ou qualquer outro meio de cobrança, na Mogi-Dutra. Já dissemos e repetimos: a história marcará para sempre aqueles que comprometerem essa via essencial para o desenvolvimento econômico. Tal ação irá prejudicar seriamente o acesso e escoamento de diversos produtos, inclusive agrícolas, que alimentam a nossa região, a Capital e diversos cantos e recantos que, mais do que nunca, precisam comer com qualidade e custo acessível.
Prezado Governador Tarcísio, essencialmente não foi essa a esperança que sua chegada ao poder despertou naqueles que empreendem heroicamente não é de hoje. Estamos certos de sua consciência plena disso. Náo é à toa que, ainda, nutrimos convicção também de sua sensibilidade e habilidade política para rever essa posição de implantar qualquer modalidade de pedágio na Mogi-Dutra. Nào nos decepcione.
Ficamos negativamente surpresos que essa proposta de pedágio, derrotada na gestão anterior, tenha ressurgido em seu mandato. Na ocasião, o cancelamento dessa cobrança lesiva recebeu total apoio de todos os representantes políticos de nossa região. O movimento continua. Pedimos que esteja do Iado certo".
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