Comissão Mista que representa mais de 50 mil funcionários do Governo do Estado recomenda que beneficiários devem ir ao PS do hospital, que é público
Se não houver um acordo, Santa Casa interrompe o atendimento ao Iasmpe no dia 9 de maio (Foto: arquivo / Santa Casa)
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Comissão Mista que representa mais de 50 mil funcionários do Governo do Estado recomenda que beneficiários devem ir ao PS do hospital, que é público
Se não houver um acordo, Santa Casa interrompe o atendimento ao Iasmpe no dia 9 de maio (Foto: arquivo / Santa Casa)
A Comissão Consultiva Mista Regional do Alto Tietê do Iamspe (Instututo de Assistência Médica ao Servidor do Estado de São Paulo) está estudando quais medidas adotar para garantir a manutenção do atendimento a cerca de 50 mil trabalhadores da ativa e aposentados na Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes.
O Diário divulgou, com exclusividade, no sábado (24) que a direção da Santa Casa decidiu romper com o Iamspe por problemas financeiros (Veja aqui).
A decisão afeta diretamente um grande número de trabalhadores de Mogi das Cruzes e cidades do Alto Tietê que tinham o hospital como referência para urgências,e também eram atendidos pela rede de médicos conveniados ao hospital mogiana.
A suspensão do convênio começará a valer no dia 9 de mario. Apesar disso, uma das recomendações feitas pela enfermeira Fátima Regina da Silva Carlos, que preside a Comissão Mista do Alto Tietê, é que as pessoas sigam utilizando o PS da Santa, que é público.
Fátima recebeu com surpresa a notícia da suspensão do convênio, porque, em outras oportunidades, a direção da Santa Casa, segundo ela, procurou a Comissão Regional, antes de tomar uma decisão que impacta a assistência a muitas pessoas.
Ela disse que o Iamspe irá buscar uma alternativa para evitar essa interrupção, e que se não houver um acordo, outras medidas, como uma denúncia ao Ministério Público, poderão ser adotadas.
A Santa Casa, segundo ela, pleiteia o reajuste dos recursos pagos pelo Iamspe, e que estariam defasados.
Fátima destacou, no entanto, que os servidores podem continuar sendo atendidos no PS da Santa Casa porque o serviço integra o Sistema Único de Saúde, o SUS.
Precarização
A decisão da Santa Casa também desagrada a professora Maria Aparecida Romeiro Leal, que presidente a Apampesp (Associação de Professores Aposentados do Estado de São Paulo). Especialmente porque a alternativa de encaminhar os servidores aposentados, a coutras cidades, é arriscada neste momento de pandemia e de restrição da circulação das pessoas.
Ela lembrou que o Instituto é mantido pelas contribuições dos servidores, que passaram a pagar mais pelo serviço, com o aumento do desconto na folha de pagamento de 2% para 3¢, aprovado pelo Governo do Estado. Maria Aparecida reclama da falta de atendimento por parte do governador João Doria.
"Já aumentaram esse índice e, agora, não podemos perder o atendimento da Santa Casa", rebela-se, lembrando que o hospital de referência, o do Servidor, em São Paulo, está superlotado por causa da pandemia da Covid-19.
A vereadora Inêz Paz, que integra os quadros do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial, a Apeoesp, também classifica como um grande prejuízo o fim desse convênio, que garantia o assistência na própria cidade e região.
Ela estima que mais de 50 mil pessoas são impactadas pela medida, e estuda a apresentação de uma moção de repúdio contra o que considera mais uma perda de qualidade na atenção à saúde dos servidores.
Segundo as representantes, outras clínicas conveniadas, sem ligação com a Santa Casa, permanecem atendendo o convênio do Iasmpe.
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