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Projeto Mogi 500 Anos terá US$ 100 mil para elaborar diagnósticos sobre a cidade

CAF libera recursos, a fundo perdido, para contratação de serviços que irão atualizar informações sociais e econômicas

Eliane José
31/01/2023 às 14:49.
Atualizado em 01/02/2023 às 08:05

O prefeito Caio Cunha, José Rafael Neto, do CAF, e Priscila Yamagami na assinatura de convênio que beneficiará o projeto Mogi 500 Anos (Reprodução/redes sociais)

A assinatura de um convênio entre a Prefeitura de Mogi das Cruzes e a Corporação Antina de Fomento (CAF), também denominada Banco de Desenvolvimento da América Latina, garante a liberação de US$ 100 mil, a fundo perdido, para a contratação de diagnósticos para o projeto Mogi 500 Anos, lançado no ano passado pelo prefeito Caio Cunha (PODE).

Após café da manhã que reuniu dezenas servidores e secretários municipais, vereadores da base de apoio ao prefeito e imprensa, o secretário Lucas Porto, de Planejamento e Gestão Estratégica, detalhou o andamento do Mogi 500 Anos, uma estratégia de gestão que visa o planejamento do município a curto, médio e longo prazo.

Com os mais de R$ 500 mil liberados, a pasta coordenará a contratação - via CAF - de profissionais e empresas que irão "afinar" dados já usados pela Prefeitura para o embasamento de políticas públicas.

A diferença será a atualização destas informações e conteúdos visando o planejamento do crescimento futuro e da aplicação de recursos em projetos nos próximos anos.

Essa radiografia sustentará o plano que prevê transformar a cidade, a ponto de o cidadão, daqui a 37 anos, não enfrentar as atuais (e antiguíssimas) carências em áreas como habitação, saneamento, saúde, mobilidade e educação.

O plano em execução, que pretende escutar e contar com a participação popular, aponta desafios - entre eles, a forte desigualdade social que levou o prefeito Caio Cunha a embargar a voz ao realçar, mais uma vez, algo já falado por ele: "a Mogi invisível".

O prefeito disse que o plano é instrumentalizar as futuras gerações e prefeitos com um modelo que, se for seguido, irá sanear deficiências como os alagamentos registrados a cada verão ou as raízes da violência urbana.

O gestor que inicia o terceiro ano do primeiro mandato realçou que muito se destaca o desenvolvimento sustentável, mirando eixos como o meio ambiente, porém, o foco, defende, deve ser o equilíbrio de todas as ações para atender de maneira horizontal aos cidadãos que estão nascendo agora e terão 38 anos quando a data de fundação do município chegar aos 500 anos.

José Rafael Neto, do CAF, opinou, em breve fala, que o Mogi 500 Anos é um ato de desafio e coragem ao qual, nem todos os gestores e cidades se impõem. Ele comentou que a maior parte dos clientes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (90% de 36) é formada por prefeituras. "A gente sente falta do planejamento estratégico e vê mais ações curativas e o enfrentamento de problema circunstancial", disse, exemplificando sobre "aquele lugar que alaga em todo janeiro, o lugar que educa seu filho para ir embora quando vai procurar o trabalho".

O executivo  considerou como inovação o planejamento futuro, ponderando a necessidade de se manter a identidade do município.

Após isso, atualizou a respeito das duas operações em andamento entre a administração municipal e o CAF - o Viva Mogi em execução (com programas de saneamento, mobilidade e lazer) e a segunda etapa do projeto que já está em andamento, faltando, nas próximas semanas, a autorização final do governo federal.

Um mês após a posse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mudanças ministeriais impactam na data esperada para a assinatura de financiamentos internacionais, que carecem do aval do governo federal. Esse é o caso da segunda fase do programa que prevê, entre outros itens, a conclusão da última etapa do anel viário, unindo a perimetral entre as rodovias Mogi-Bertioga/Mogi-Salesópolis e Mogi-Guararema (César de Souza). 

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