O prefeito Caio Cunha cita lema da FEB ao falar sobre o terceiro ano do mandato e projetos a serem entregues em 2023
O prefeito Caio Cunha fez um balanço sobre o mandato e afirmou que 2023 será um ano de trabalho intenso e de entregas em encontro com servidores, secretários e vereadores (Divulgação/PMMC)
Ao final da apresentação do termo de cooperação firmado entre a Prefeitura de Mogi das Cruzes e a Cooperação de Fomento Andino, o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) nesta terça-feira (31), o prefeito Caio Cunha (PODE) adaptou o ditado popular que ganhou força em 1944, quando o Brasil anunciou o envio da Força Expedicionária Brasileira (FEB) à Segunda Guerra, para falar aos servidores e secretários municipais sobre o início do terceiro ano de mandato. "A cobra vai ter que fumar", provocou, ao solicitar o engajamento dos presentes às metas da Prefeitura. Ele elencou projetos a serem entregues aos mogianos neste ano como Vagalume e a escola modelo em construção no distrito de Jundiapeba.
A caminho dos dois últimos anos da atual gestão, e com a expectativa de disputar a reeleição, em 2024, o prefeito afirmou que após o "terrível" primeiro ano, marcado ainda pelos impactos da pandemia da Covid-19, e de um segundo ano de recuperação, 2023 será de trabalho intenso.
"Temos uma plataforma muito saudável para que a gente avance nos próximos dois anos, porém, mais do que o equilíbrio financeiro e a geração de empregos, mais do que outro projeto que a gente esteja tocando, a cidade só é cidade por causa das pessoas, cada um de vocês (secretários e servidores), por mais que o trabalho que execute, seja o mais burocrático e administratrivo possível, e que não tenha contato diretamente com a população, cada um tem um papel fundamental no desenvolvimento desta cidade", discursou, antes de lançar as diretrizes sobre o que espera do corpo de colaboradores.
"A cobra vai ter que fumar", disse, definindo o ano como sendo de "muito trabalho".
"Tem de trabalhar muito, fazer o negócio acontecer, de forma visceral... A gente depende e precisa muito do empenho de cada um de vocês, e eu tenho certeza que nós teremos esse retorno de vocês", lançou aos presentes durante a exposição sobre o andamento do projeto Mogi 500 Anos, que prepara o desenvolvimento futuro do município (acesse e leia reportagem).
Em entrevista a jornalistas, o prefeito falou sobre resultados obtidos em 2022, como a retomada das contratações e geração de trabalho e arrecadação de impostos, e a previsão de entrega de projetos neste ano.
Ele comentou que uma ação para combater a desigualdade social que mantém uma "cidade invisível", formada por milhares de mogianos em situação de alta vulnerabilidade e pobreza extrema, foi o aumento do valor, em 10 vezes, do orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Admitiu ser difícil apontar um problema em particular a ser debelado até pela gestão:
"(são) Vários. É muito importante falar da macrodenagem, falar da mobilidade, trânsito, desenvolvimento sustentável, todos os eixos são muito importantes, e para mim, o Caio, o tema mais rico, é a questão da primeira infância, porque não tem como mudar a cidade, se não mudar a cabeça das pessoas", disse, comentado que a mudança das próximas gerações deveria começar pela primeira infância.
Na prática, porém, sobre o que a população poderá esperar dos próximos 11 meses de gestão, o prefeito respondeu:
"Eu acho que depois de colocar a casa em ordem, a gente tem questões a serem resolvidas, ainda por consequência da pandemia, a questão da saúde, o nosso olhar está muito forte, agora em março, a gente entrega o Vagalume (atual Pró-Criança), e quer até o final deste ano, tomar uma decisão sobre o que será feito na Maternidade", construída ao lado do Hospital Municipal de Braz Cubas, mas, ainda, sem plena ocupação por falta de recursos financeiros.
O prefeito contou que busca ajuda do governo do Estado para abrir a maternidade ou seguir com a implantação de serviços voltados à sáude da mulher e da criança no endereço - algo que já teve início com a transferência do Pró-Mulher e o atendimento infantil para o equipamento.
O gestor voltou a apontar como conquista o aumento da receita municipal e a geração de empregos: "Essa é uma condição importante e uma condição mínima, porque emprego é o melhor programa social que se possa ter porque ele dá dignidade e oportunidade para as pessoas. Será um ano de muita entrega, (nas áreas de) mobilidade, saúde, educação, quando vamos abrir a Escola Viva Jundiapeba, tem bastante entrega para fazer".
A Cobra vai fumar
O ditado ganhou força, primeiro, na imprensa brasileira, nos anos da Segunda Guerra. "A cobra vai fumar" é dito popular nacional que significa algo difícil de ser realizado, e se acontecer, sérios problemas podem surgir. É empregado quase como uma chantagem: "se você fizer isso, o resultado será aquele".
Era uma provocação à Força Expedicionária Brasileira (FEB) usada por pessoas que diziam ser mais fácil "uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra".
A história foi outra: cerca de 25 mil combatentes brasileiros foram enviados para combate na Itália, sendo que mais de 400 morreram na batalha.
A expressão tornou-se símbolo e está na logomarca da FEB.
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