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PLANOS PARA A POLÍTICA

Políticos já começam discutir a sucessão na Prefeitura de Mogi

Além do prefeito Caio Cunha (PODE), virtual candidato à reeleição, já existe uma lista de nomes interessados em se lançar na disputa eleitoral de 2024

Silvia
20/05/2023 às 08:05.
Atualizado em 21/05/2023 às 08:47

LARGADA ANTECIPADA - Nos bastidores, a temperatura política se eleva com pesquisas encomendadas para sondar nomes de candidatos, acordos entre partidos e fortes lideranças (Imagem: Divulgação)

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PLANOS PARA A POLÍTICA

Políticos já começam discutir a sucessão na Prefeitura de Mogi

Além do prefeito Caio Cunha (PODE), virtual candidato à reeleição, já existe uma lista de nomes interessados em se lançar na disputa eleitoral de 2024

Silvia
20/05/2023 às 08:05.
Atualizado em 21/05/2023 às 08:47

LARGADA ANTECIPADA - Nos bastidores, a temperatura política se eleva com pesquisas encomendadas para sondar nomes de candidatos, acordos entre partidos e fortes lideranças (Imagem: Divulgação)

Parece cedo para falar em sucessão, a mais de um ano para as próximas eleições municipais de 2024. Só que não! Nos bastidores do poder, esse é um dos temas mais comentados no momento. Faltam 17 meses para a disputa e já tem políticos em plena campanha para tentar emplacar seus nomes e serem os escolhidos por partidos e apoiadores como futuros aspirantes à cadeira do prefeito Caio Cunha (PODE), virtual candidato à reeleição, que também começou a articular a sua candidatura. 

São muitos os interessados. Em uma lista preliminar de candidatos mais cotados para a disputa constam os nomes do ex-prefeito Marcus Melo (PSDB), do deputado estadual Marcos Damasio (PL),  ex-vereador Rodrigo Valverde (PT), ex-deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (União Brasil),  advogado Marcos Soares (REP), e o biomédico Marcello Cusatis (sem partido). Tem ainda o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), que já descartou várias vezes a possibilidade, sem cravar todas as fichas em um “não serei candidato”: política  é ciência inexata e costuma surpreender. 

A disputa deve ser acirrada e surpresas podem ocorrer até que se formalizem as alianças políticas para lançar os candidatos que vão disputar as eleições de 2024 com o atual prefeito.  A questão da sucessão municipal, inclusive, já direciona medidas e posições do chefe do Executivo em busca de apoio de outros partidos para garantir a sua permanência no cargo. 

Caio Cunha, que tem a vantagem de ter a máquina nas mãos, confirma o interesse pela reeleição. “Venho para a reeleição para consolidar o que temos construído. Continuo trabalhando para honrar meu compromisso com mogianos e mogianas em colocar Mogi na rota do desenvolvimento. Graças a Deus estamos conseguindo”, diz ele. 
O prefeito que nesta semana estava em viagem pelos Estados Unidos e Japão, em compromissos da administração, garante que “campanha é somente no ano que vem”. Apesar de estar no poder, ele não aposta em chances maiores de vitória por ter a máquina pública nas mãos. “Vale lembrar que em 2020 ganhei de um candidato que estava nessa condição”, observa.

Mesmo dizendo que só vai focar em campanha de reeleição no próximo ano, a coluna Informação do jornalista Darwin Valente, publicou recentemente uma notícia sobre novas mudanças no primeiro escalão do atual governo por conta de acordos políticos que buscam consolidar a sua base de apoio, com a entrega de secretarias municipais ao MDB e ao União Brasil, o que demonstra que ele já começou a preparar sua estratégia para encarar os virtuais adversários.

Além desse dois, outros partidos poderão integrar o seu projeto eleitoral de reeleição e negociações poderão acontecer envolvendo cargos de confiança na Prefeitura. Nesta semana correram boatos, já negados pelo prefeito, sobre uma tentativa dele de se aproximar do grupo do PL, liderado por Valdemar Costa Neto.    

Para além de possíveis acordos domésticos, Caio, que tem ao seu lado a presidente nacional do seu partido, a deputada federal Renata Abreu, e o presidente estadual, o deputado federal Rodrigo Gambale, está cumprindo agenda positiva com inauguração de escolas, programas de inovação e geração de emprego, e atacou fortemente um ponto de reprovação popular: a pavimentação de ruas e avenidas da cidade. Outro trunfo é o pacote de obras de mobilidade anunciado para 2024 e equipamentos de saúde.

Adversários

Enquanto isso, os opositores se movimentam nos bastidores e redes sociais para conseguir visibilidade. Algumas legendas já têm nomes escolhido, como é o caso do PT, que deve confirmar a virtual candidatura de Rodrigo Valverde. Ex-vereador, ele foi candidato nas últimas eleições municipais e conseguiu o terceiro lugar. O petista tem apoio declarado do PSOL, PV, PCdoB, SD e Rede.

DISPUTA - Na lista de virtuais candidatos, além de Caio Cunha, estão Marcus Melo, Marcos Damasio, Gondim Teixeira, Marco Soares, Rodrigo Valverde e a dobradinha de Téo Cusatis e Mara Bertaiolli (abaixo) (Imagem: Arquivo O Diário/ Divulgação)

Valverde conta que busca articular a sua candidatura conversando com pré-candidatos, com partidos e discutindo programa de governo. “Não vejo a hora de ir para os bairros debater a cidade”, diz o advogado, que se tornou crítico e opositor declarado ao atual prefeito.

O nome do ex-prefeito Marcus Melo (PSDB) aparece forte em pesquisas contratadas por partidos e políticos da cidade para avaliar a opinião de eleitores e embasar a escolha de candidatos. O tucano não confirma e nem descarta. Porém, interlocutores mais próximos garantem que ele está no páreo. 

Há informações de que Melo estaria buscando parceria com o PL, tanto que chegou a cogitar a possibilidade de mudar para o partido para conseguir o apoio do líder da sigla, Costa Neto. Como não houve um acordo ainda, o ex-prefeito deve mesmo permanecer no PSDB para garantir a legenda e concorrer ao cargo.

Candidatura própria

Até pouco tempo, tudo levava a crer que o PL iria lançar candidatura própria e que o escolhido seria o de Marcos Damasio, até pelo bom desempenho do político nas últimas eleições para deputado estadual, reeleito com votação expressiva na cidade.   

O deputado, que também é o presidente municipal da sigla, confirma o seu interesse em disputar a Prefeitura dede Mogi e migrar da atuação no poder legislativo para o executivo.  “Pela experiência e trajetória política, iniciada em 1988, quando fui eleito vereador pela primeira vez, sinto-me preparado para o cargo”, afirma.

O político explica, no entanto, que as articulações para viabilizar a sua candidatura ainda estão em fase inicial. “O PL planeja eleger mais de 200 prefeitos no Estado de São Paulo e isso será feito com critérios, a serem avaliados por pesquisas. Como deputado estadual em terceiro mandato meu nome, naturalmente, está entre os cogitados”, avisa.

Como o PL tem uma forte ligação com o PSD, o deputado também não descarta a possibilidade de ser lançada um chapa com outros nomes, como os que estão sendo cogitados por Bertaiolli, que tem a pretensão de lançar uma nova liderança, em uma chapa com Téo Cusatis e a esposa dele, Mara Bertaiolli.  “Como pertencemos ao mesmo grupo político, com certeza, a possibilidade existe. Essa definição ocorrerá no primeiro semestre de 2014”, prevê Damasio.

Candidato derrotado em eleições passadas e deputado em cinco mandatos, Luiz Carlos Gondim, confirma que quer participar da disputa. “Tenho experiência, conhecimento da cidade, projeto político e bagagem suficiente para ser prefeito de Mogi”, enfatiza. Ele tem conversado com partidos como o PDT, PV, PCdoB e PT para tentar viabilizar sua candidatura. Nesta última semana, esteve reunido com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) para tratar do assunto, junto com Rodrigo Valverde, o que demonstra que pode haver uma aliança política entre os dois para 2024.   
Também corre por fora, o advogado Marco Soares, que vem buscando visibilidade nas redes, com críticas à atual gestão. Ex-secretário municipal de Governo da gestão passada, recentemente ele estava na presidência do Republicanos, mas perdeu a executiva para outro grupo ligado ao governador Tarcísio de Freitas. Se confirmarem os ruídos de bastidores, a legenda deve abrir mão de lançar candidatura própria para apoiar o grupo do PL e PSD.  

Soares confirma que provavelmente deve deixar o partido e sobre a virtual candidatura diz que tem trabalhado “para colocar Mogi nos rumos”. Para isso conversa com alguns partidos e tem colocado seu nome à disposição, “mas penso que o mais importante seja a formação de um bom grupo político, capaz de reconstruir nossa cidade”.

Novas lideranças

Apesar de ter uma lista de nomes interessados em se lançar na disputa, tudo indica que a queda de braço deve ser entre o grupo político do prefeito Caio Cunha (PODE) e o do atual deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), que por sua vez, estará junto com o cacique do PL, Valdemar Costa Neto. 

Existe ainda uma interrogação sobre quem será o escolhido do grupo político, integrado também pelo deputado estadual Marcos Damasio, e cobiçado pelo ex-prefeito Marcus Melo (PSDB).  

Além dos nomes de Damasio e do Melo, até pouco tempo, muitos políticos apostavam no lançamento do próprio Bertaiolli como cabeça de chapa, lançada junto com o PL. Nas últimas semanas, entretanto, o líder do PSD surpreendeu ao dizer que seria interessante apostar em novas lideranças, sugerindo o lançamento do Marcelo Delascio Cusatis, o Téo, secretário de Saúde durante a sua gestão como prefeito da cidade, junto com Mara Bertaiolli. 

O nome do Téo tem uma boa aceitação entre os políticos, e foi um nome cotado para disputar a sucessão de Bertaiolli, em 2020. O desafio está no fato de ele ser um nome pouco conhecido na cidade em comparação com Melo ou Damasio. Mas, é aposta que pode ganhar força a partir de agora, especialmente porque tem acompanhado Bertaiolli em diversas agendas e ampliado a atuação em suas redes sociais. Nesta semana, por exemplo, Bertaiolli fez questão de dizer o nome do Téo, que estava junto com ele na cerimônia de abertura da Festa do Divino. 

Atualmente Cusatis atua como diretor do Hospital Santa Maria, em Suzano. Ele disse que se afastou dos cargos políticos para ter a sua independência econômica na iniciativa privada. Mas afirma que tem experiência e conhecimento da máquina administrativa e se sente preparado para ser prefeito de Mogi. 

A escolha final dependerá de pesquisas que os partidos continuarão a realizar para ver a aceitação dos nomes lançados até agora. Nos bastidores políticos, há quem aposte que  Bertaiolli poderá sair candidato, se as pesquisas confirmarem que seria ele o mais competitivo para concorrer com Caio. (S.C.) 

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