Neste ano, a Prefeitura e CDHU concluíram 30 unidades habitacionais na aldeia do rio Silveira, em Boracéia
Prefeito Caio Matheus entrega moradias indígenas na Aldeia do Rio Silveira, em Boracéia (Divulgação - Prefeitura de Bertioga)
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Neste ano, a Prefeitura e CDHU concluíram 30 unidades habitacionais na aldeia do rio Silveira, em Boracéia
Prefeito Caio Matheus entrega moradias indígenas na Aldeia do Rio Silveira, em Boracéia (Divulgação - Prefeitura de Bertioga)
Em 2023, a aldeia do rio Silveira, em Boracéia, na cidade de Bertioga, deverá receber mais 30 moradias previstas no projeto habitacional indígena "Bertioga E", que ao todo contempla 120 unidades habitacionais. No último dia 7, uma cerimônia marcou a conclusão da primeira fase do programa, que contou com a entrega de 30 habitações neste ano, em uma parceria da prefeitura do município litorâneo com a Companhia de Desenvolvimento Urbano (CDHU). As chaves das 10 primeiras casas de 2022 foram entregues em agosto.
O investimento nesta fase totaliza R$ 4.500,431,54, com recursos do Governo do Estado e execução das obras sob responsabilidade da Terra Nova Construção e Engenharia.
O projeto habitacional de tipologia indígena é considerado inédito no Estado de São Paulo e foi concebido exclusivamente para os moradores da aldeia do rio Silveira, localizada na divisa de Bertioga com São Sebastião, respeitando a cultura e o modo de viver do povo guarani. Desta forma, as moradias são de alvenaria, elevadas do solo, com assoalho de madeira. Cada imóvel possui dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço, banheiro externo e varanda com fogão a lenha.
A iniciativa traz outra inovação: as residências contam com biodigestores para tratamento adequado do esgoto. A obra de saneamento básico foi executada pela Prefeitura, com investimento de R$ 300 mil em recursos municipais. A administração também ficou responsável por intermediar as reuniões com a CDHU, Fundação Nacional do Índio (Funai) e comunidade indígena.
Segundo a Secretaria de Obras e Habitação de Bertioga, quando o projeto foi desenvolvido, havia 120 famílias indígenas e o objetivo era atender 100% delas. "Atualmente, segundo a Fundação Nacional do Índio, ao todo, são 550 pessoas que moram naquela localidade", completa, destacando a importância do projeto. "Há diversos pontos essenciais que objetivam este investimento, sendo os principais o olhar social referente à população indígena, com moradias projetadas com tipologia respeitando a cultura e o modo de viver do povo guarani, a dignidade habitacional e a melhora na saúde pública oferecida para o povo indígena da cidade, melhorando a qualidade de vida da população da aldeia", trouxe nota encaminhada a O Diário.
A pasta acrescenta, ainda, que as novas moradias proporcionam um ambiente mais organizado nas dependências da aldeia, o que gera maior movimentação turística naquele ponto, atraindo maior número de visitantes por conta da organização, além do valor histórico e social do local. No entanto, completa a secretaria, construir moradias na aldeia envolve diversas questões logísticas que podem dificultar as obras no local.
O secretário de Obras e Habitação de Bertioga, Luiz Carlos Rachid, destaca a importância da iniciativa. "O projeto desenvolvido pela CDHU para a aldeia indígena do rio Silveira foi realizado por meio de uma tipologia especial, na qual a residência respeita as tradições indígenas e será um grande exemplo para o litoral paulista e todo Brasil, pois é um projeto inédito e importante para identidade do povo indígena", aposta.
O evento de recente entrega de 20 moradias, no último dia 7, contou com a presença do prefeito de Bertioga, Caio Matheus; do cacique Adolfo Werá Mirim, da Aldeia Rio Silveira; do gerente de Obras da Baixada Santista e Vale do Ribeira da CDHU, Roberto Rosa Bertagnoli; e do superintendente de Obras Habitacionais da CDHU, Marcello Cinquini.
Na ocasião, o prefeito destacou que a data era "histórica". "Estamos fechando o ano com 30 moradias indígenas entregues na Aldeia Rio Silveira. Nada se compara a alegria da casa própria e com a entrega destas chaves estamos garantindo mais dignidade, conforto e saúde para o povo guarani de Bertioga. Vamos continuar trabalhando para a construção de mais unidades”, disse Caio.
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