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PROBLEMA

Ocupação irregular de área na Vila São Francisco persiste há quase dois anos

Levantamento mais recente da Prefeitura aponta 150 construções no terreno, sendo que 101 têm um ou dois ocupantes

Carla Olivo
15/02/2023 às 15:50.
Atualizado em 16/02/2023 às 07:06

Vila São Francisco começou a ser ocupada em março de 2021 (Mariana Acioli)

Há quase dois anos, Mogi das Cruzes convive com a ocupação irregular na área da Vila São Francisco, que é alvo constante de reclamações de vizinhos do local e das próprias famílias que moram no terreno e cobram melhorias de infraestrutura do poder público. O primeiro grupo começou a construir barracos no dia 6 de março de 2021, mas logo mais pessoas foram chegando, somando aproximadamente 250 famílias.

No entanto, segundo a Prefeitura de Mogi informou nesta terça-feira (14) a O Diário, o levantamento mais recente da administração mostra a existência de cerca de 150 unidades na área. "Destas, 101 ocupadas em sua maioria com apenas um ou dois ocupantes", trouxe a nota enviada a este jornal.

Ainda de acordo com a Prefeitura, como a área irregularmente ocupada na Vila São Francisco está congelada pela Justiça, a construção de novas unidades está proibida e é de responsabilidade e prerrogativa do município, com apoio de decisão judicial, o monitoramento de forma contínua e agir para impedir novas ocupações.

Em 2022, das 224 construções desfeitas pela administração em toda a cidade, 113 foram na Vila São Francisco, em uma ação com autorização judicial e acompanhamento de oficial de Justiça.

"Desde que a ação de desfazimento de unidades inacabadas e desocupadas foi realizada, também com respaldo judicial, a segurança no local foi reforçada e a Prefeitura tem atuado sempre que necessário, com o intuito de cumprir seu papel. A Secretaria de Educação já esteve na área para identificar crianças fora da escola e encaminhar para matrículas na rede municipal. Havendo necessidade, a pasta está à disposição. A equipe do Mogi Conecta também já atuou no local sob a forma de mutirão, elaborando, captando e encaminhando currículos para aqueles que buscam colocação no mercado de trabalho. Assim como a educação, o programa segue à disposição para os interessados", completa a nota.

A Prefeitura também lembra que a área é totalmente imprópria e insegura para fins de moradia, por isso segue defendendo a desocupação voluntária do local.

Loteamentos irregulares

Desde o ano passado, o Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo identificou 8 loteamentos irregulares, que são monitorados na cidade. "É realizado um trabalho contínuo de fiscalização, em parceria com órgãos como o Ministério Público, a Patrulha Rural e Ambiental (Guarda Municipal) e a Polícia Civil", aponta a Prefeitura, acrescentando que a Secretaria Municipal de Segurança informa que, desde o início da atual gestão, em 2021, a forma de monitoramento e abordagem de construções irregulares foi alterada.

"As ações são realizadas diuturnamente, inclusive aos finais de semana, para prevenir as ocorrências. Em 2022, foram registradas 224 construções desfeitas e 11 loteamentos desfeitos", conclui a nota.

  

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