Com recursos financeiros do CAF Banco de Desenvolvimento de América Latina, também estão previstas obras de saneamento, agricultura e turismo rural
Brejinho de César tem sido alvo de incêndios e de outros crimes, como o depósito de lixo e poluentes (Eisner Soares)
Nos próximos meses, a Prefeitura de Mogi das Cruzes acompanha a análise e aguarda a liberação de um investimento de R$ 330 milhões para executar a segunda etapa do programa Viva Mogi ( antigo Mogi + Ecotietê) com recursos do CAF (Cooperativa Andina de Fomento) Banco de Desenvolvimento da América Latina.
O total solicitado é de US$ 62,5 milhões, sendo que US $ 50 milhões serão financiados pelo CAF, e a contrapartida da Prefeitura é estimada em cerca de R$ 12,5 milhões. Quando aprovado, esse recurso irá movimentar projetos viários, ambientais e de saneamento básico.
Uma aposta do projeto no colchete ambiental prevê a criação de outros dois parques nas áreas do Brejinho de César de Souza e na Apa do Rio Tietê, também na região a ser atendida por melhorias que surgirão com a conclusão do anel viário.
Esses dois equipamentos se somarão aos parques Centenário (que será ampliado) e ao Airton Nogueira, entre o Nova Mogilar e César de Souza, além do Leon Feffer, da Cidade, e Chiquinho Veríssimo (o Parque Municipal, na Serra do Itapeti).
Essa cadeia, que tem a maior parte ao lado do rio Tietê, pretende garantir a conectividade dos corredores florestais urbanos porque permitirá a interligação dos ecossistemas das serras do Itapeti e do Mar.
Criar meios de proteger o ir e vir de animais silvestres da Mata Atlântica combate a extinção de espécies e preserva, entre outras coisas, a dispersão de sementes, o patrimônio arbóreo de Mogi das Cruzes, e qualidades climáticas da cidade..
Os riscos a indivíduos ameaçados de extinção têm sido acelerados por situações como incêndios, a supressão da mata da região ribeirinha da bacia do Tietê, a descarga de poluentes e, no caso do Brejinho de César, a proliferação dos lixões e outros ataques ao meio ambiente.
Mogi das Cruzes e cidades da região ainda possuem brejos em condições de receber o bicudinho-do-brejo-paulista (Reprodução/Wikiaves)
A O Diário, o secretário municipal de Planejamento, o arquiteto Claudio de Faria Rodrigues, informa que um dos eixos do Viva Mogi 1 e 2 é garantir a preservação dos remascentes florestais urbanos da cidade e, com isso, estabelecer meios de proteger o meio ambiente.
O projeto apresentado ao CAF prevê a construção de redes de água e esgoto e saneamento rural
Viva Mogi 2
A segunda etapa do Viva Mogi almeja concretizar a visão estratégica do Plano Diretor com obras estruturantes para o desenvolvimento urbano, social e econômico e que serão realizadas no pós-pandemia, como afirma o arquiteto Claudio de Faria Rodrigues, secretário municipal de Planejamento. “Trata-se de uma linha de ações que a gestão municipal adota para potencializar de Mogi das Cruzes e instalar a cidade em um novo patamar de regional e estadual como referência por promover o desenvolvimento sustentável”.
Além dos projetos já em andamento com licenciamentos próximos de serem aprovados, segundo ele, a etapa futura do Viva Mogi irá complementar obras como a interligação da nova avenida paralela à via Ricieri José Marcatto, em César (chamado corredor leste) ao anel viário que poderá ser finalizado com a extensão de 8 quilômetros da via perimetral, com duas pistas e duas faixas, no mesmo modelo existente entre César de Souza e o Residencial Rubi.
Rodrigues afirma que, além do anel viário, esses projetos miram o desenvolvimento do meio ambiente, saneamento básico e setores econômicos como a agricultutra e turismo rural de Cocuera
Há objetivos, por exemplo, como a criação de ciclovia, a inserção digital dessas regiões com a conectividade à internet e sistemas que irão modernizar e dar maior segurança às estradas vicinais que ganharão 500 postes de iluminação em LED.
Na área agrícola e do turismo rural, essa fase busca vitaminar o empreendedorismo em Cocuera e áreas ainda não desenvolvidas que abarcam o entorno do traçado o anel viário, que ligará bairros como Caputera, Cocuera e César de Souza (ao lado da avenida Castello Branco).
“O plano tem uma estratégia ambiental com o objetivo de preservar a Apa do Rio Tietê, onde a passagem de pássaros e outras espécies compõem as florestas urbanas da cidade, com maciços vegetais que serão conectados e protegidos”, diz o secretário.
Esses estudos e promessas foram apresentados durante três dias aos representantes do CAF que realizaram uma missão de avaliação técnica em Mogi das Cruzes, e foram recebidos por secretários, vereadores e o prefeito Caio Cunha (veja detalhes do projeto divulgado pela Prefeitura de Mogi).
Além dos dados sobre as obras, os visitantes conheceram esses pontos e puderam recolher impressões que, agora, serão avaliadas pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina. A aprovação, espera-se, poderá ser mais ágil porque a Prefeitura de Mogi viveu essa mesma experiência quando aprovou a primeira fase do Viva Mogi.
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