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Mogi e região se preparam para aumento de casos da varíola dos macacos

Mogi das Cruzes se prepara para enfrentar a proliferação dos casos de varíola de macacos na cidade, que já teve dois pacientes confirmados com a doença. O mesmo está ocorrendo com os municípios da região. Até o momento outras duas cidades tiveram registros de pacientes com o vírus monkeypox: 2 em Itaquaquecetuba e um em […]

29 de julho de 2022

Reportagem de: O Diário

Mogi das Cruzes se prepara para enfrentar a proliferação dos casos de varíola de macacos na cidade, que já teve dois pacientes confirmados com a doença. O mesmo está ocorrendo com os municípios da região. Até o momento outras duas cidades tiveram registros de pacientes com o vírus monkeypox: 2 em Itaquaquecetuba e um em Suzano. Há ainda notificações de casos suspeitos que aguardam o resultado de exames. Com o avanço dos casos, a Organização Mundial de Saúde declarou emergência de saúde global no último sábado (23).

Os municípios da região informam que estão monitorando os pacientes e as pessoas próximas, já que a doença é transmissível por contato físico. Os cinco que testaram positivo são homens e estão se recuperando em casa, uma vez que a internação só é necessária para indivíduos com a saúde mais comprometida, o que tem sido raro. 

A Secretaria de Saúde de  Mogi explica que quando surigram os primeiros registros de casos na Capital, a cidade  começou  a se preparar com base nas orientações e normativas dos órgãos oficiais de saúde. No início do mês, a pasta emitiu alerta epidemiológico às unidades de atenção primária e hospitalares das redes pública e privada com informações sobre monitoramento, diagnóstico e notificação compulsória dos casos suspeitos. Na última quarta-feira (27) foi realizada uma reunião técnica para atualização de informações sobre atendimento, exames, acompanhamentos, entre outras questões ligadas ao tema. 

A orientação da Saúde é para que as pessoas se se previnam com o distanciamento físico, sempre que possível. Já no caso de pessoas com sintomas suspeitos (febre, erupções na peles), a principal orientação é procurar assistência médica o quanto antes. O atendimento pode ser feito em qualquer unidade de pronto atendimento, Upas, prontosocorro e demais serviços. 

Suzano

A cidade teve a confirmação do primeiro caso na semana passada, mas a Prefeitura informa que há um caso suspeito de outro homem, de 58 anos. Uma amostra já foi colhida e será enviada ao Instituto Adolfo Lutz. A cidade enviou documento técnico a todos os profissionais de saúde da rede municipal e iniciou um treinamento on-line com médicos e enfermeiros que fazem atendimento nas unidades municipais para aumentar a atenção sobre a situação e facilitar um diagnóstico diferencial de possíveis casos que venham a aparecer.

Itaquaquecetuba

O primeiro paciente com diagnóstico positivo no Alto Tietê foi registrado em Itaquaquecetuba, no último dia 18.  No último dia 22, a Prefeitura informou sobre a confirmação de mais um caso de monkeypox. O quadro de saúde deles está controlado e ambos estão sendo monitorados. Outros três casos suspeitos foram descartados. Unidades de saúde estão em alerta desde então.

O que é a varíola dos macacos

A varíola dos macacos é uma doença viral rara que vem se propagando em diversas regiões do País, inclusive no Alto Tietê. Há risco de surto da doença, que pode transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Por isso, é importante saber os sintomas e as formas de contaminação para prevenir o mal.

A taxa de mortalidade de casos para o vírus é baixa, menos de 1%, mas é doença é preocupante. 

Transmissão:

– Contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.
– Pela saliva, quando a pessoa tem lesões, úlceras ou feridas na boca também podem ser infecciosas. 
– Pelo contato direto com fluidos corporais de pessoa para pessoa, como sangue e secreções. Uma das formas de contágio é na relação sexual, e também pelo beijo, abraço ou contato com as partes do corpo com feridas causadas pela doença. 
– Da mãe para o feto através da placenta, durante ou após o parto ou pelo contato pele a pele;

Imunização

A vacinação contra a varíola comum mostrou ser protetora contra a varíola dos macacos. Embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico tenham sido aprovados para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis e populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram descontinuadas.

Sintomas:

Dor de cabeça
Febre
Dores musculares
Dores nas costas
Gânglios inchados
Calafrios
Exaustão
Lesões na pele

OBS:  As lesões se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. Elas são parecidas com as de catapora ou sífilis até formarem uma crosta, que depois cai. Os sintomas podem ser leves ou graves, e as erupções na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas. 

Prevenção

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele. Fonte: Instituto Butantan 

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