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Mogi descarta mudanças na Vila Oliveira e moradores criam nova associação

Sempre que se discute zoneamento na cidade, a discussão gira em torno dos moradores da Vila Oliveira, que continuam mobilizados contrários a qualquer tipo de mudança no zoneamento do bairro, Zona de ocupação preferencial 3 – ZOP 3, predominantemente residencial. Alguns moradores defendem a abertura de corredores comerciais. Mas, o secretário municipal de Planejamento reafirma […]

14 de maio de 2022

Reportagem de: O Diário

Sempre que se discute zoneamento na cidade, a discussão gira em torno dos moradores da Vila Oliveira, que continuam mobilizados contrários a qualquer tipo de mudança no zoneamento do bairro, Zona de ocupação preferencial 3 – ZOP 3, predominantemente residencial. Alguns moradores defendem a abertura de corredores comerciais. Mas, o secretário municipal de Planejamento reafirma que será levado em consideração o desejo da maioria contra a mudança.

Existe agora um debate a respeito da instalação de condomínios residenciais. “A característica do nosso bairro é ser estritamente residencial e unifamiliar. O anteprojeto de parcelamento do solo apresentado pelo Executivo prevê em seu artigo 146- a implantação de condomínios multiresidenciais, cuja definição não está descrita na lei e que, na prática são os condomínios de casas geminadas ou de prédios, que abrigam maior número de moradores em menor espaço. Na lei anterior, havia a previsão para condomínios residenciais e não multiresidenciais. Se isso for aprovado, teremos maior fluxo de pessoas, barulho e a decadência do padrão no bairro. Não queremos nem a expansão dos corredores comerciais.”, esclarece a presidente da Anvoa, Jane Roldan.

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Uma das representantes da entidade, a jornalista Angela Lucareski Bergamo dos Santos em um artigo encaminhado a O Diário, chama atenção para interesses imobiliários. “Ao manter no anteprojeto de parcelamento do solo a possibilidade de implantação de condomínios de padrão questionável e que descaracterizariam a Vila Oliveira, a Prefeitura atende aos empreiteiros que, insistentemente, tentam “fatiar” o bairro mais valorizado da cidade sob a alegação de que há “déficit habitacional”, argumenta ela. 

O secretário alega, no entanto, que dificilmente serão construídos condomínios na Vila, já que o bairro não dispõe mais de grandes áreas para esse tipo de empreendimento, portanto, não há de se falar de “fatiar”, porque a própria lei não permite. Ele afirma que os condomínios seguirão as regras estabelecidas na Lei de Parcelamento, que autoriza esse tipo de construção em áreas privadas, divididas em lotes de 150 m2 por unidades, com instalação de área de lazer, salão de festas, sala de reuniões, entre outras exigências. 

Existe ainda uma preocupação dos moradores com o aumento da criminalidade no local, o que motivou um grupo a criar uma nova associação, a Sociedade dos Amigos da Vila Oliveira (Savo), voltada explicitamente para a segurança e questões de infraestrutura, como saneamento, iluminação pública, pavimentação. 

O objetivo da Savo, segundo um dos seus idealizadores, Bruno Mariano Bartos, é estabelecer uma maior interação entre os moradores, sem priorizar a questão do zoneamento, uma das principais bandeiras da Anvoa. Foi ele quem ajudou a organizar a eleição, realizada nesta sexta-feira (13) para a escolha da diretoria que comandará a entidade. 

“Queremos uma associação que seja mais mista, que aceite conversar com comércio e estabelecimento no bairro não por questão de zoneamento, mas sim por questão de contribuição para a segurança, instalar monitoramento, dividir algumas condições como aconteceu com a faixa da vigilância solidária, entre outras coisas. A gente quer alguma coisa correta e honesta, justa para que a gente consiga discutir atos de segurança que envolvem comércio já estabelecido ou residências”, reforça.

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