A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo confirmou o registro de um professor contaminado pelo coronavírus, e não dois, como afirma o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, a Apeoesp. De acordo com a pasta estadual, as pessoas que tiveram contato com o profissional foram afastadas, e a escola permanece aberta, com aulas presenciais disponíveis para 30% da capacidade da salas.

Nenhuma escola da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Mogi das Cruzes está com atividades suspensas por conta de casos de Covid-19. Em Biritiba Mirim, uma escola municipal suspendeu as aulas.

Em nota, a Secretaria de Educação afirma que "os protocolos definidos por autoridades de saúde e preserva a segurança de professores, servidores e alunos. Vale destacar que a investigação dos casos de COVID-19, no entanto, é realizada pela Secretaria de Saúde".

Já os casos prováveis de servidores e alunos são acompanhados por meio do SIMED (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para Covid-19), da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que tem os dados atualizados diariamente. O 2º Boletim Epidemiológico da Educação está disponível no portal da Seduc: https://www.educacao.sp.gov.br/numero-de-casos-provaveis-de-covid-19-nas-escolas-e-31-vezes-menor-que-incidencia-estadual/.

O Governo do Estado defende, ainda, que "as escolas são ambientes controlados, que recebem no máximo 35% dos alunos por dia, como na fase em que estamos pelo Plano SP, além do uso obrigatório de máscara, álcool em gel, medição de temperatura e distanciamento".

E destaca que a vacinação dos professores e profissionais da educação, iniciada em 10 de abril, também é uma forma de garantir ainda mais a proteção de todos os envolvidos nesse processo.

Reação

A diretora da Apeoesp, Vania Pereira da Silva, volta a defender ampla testagem em professores e alunos, para a manutenção das aulas, durante a pandemia da Covid-19. Ela afirma que a vacinação dos professores, com mais 47 anos, abrange cerca de 40% dos educadores. "A maioria continua desprotegida", conta.

Segundo ela, na escola Gabriel Pereira, dois professores teriam testado positivo para a doença, após o retorno das aulas presenciais, na semana passada. "Eles já terminaram a semana doentes", contou, defendendo a suspensão das aulas na unidade. 

Vania questiona ainda as condições sanitárias das escolas. Como em outras oportunidades, ela lembra que a maior parte dos prédios escolares tem poucos agentes de limpeza, para cuidar de prédios com mais de 10 salas. "Escola que têm três pessoas para limpar, varrer, higienizar as salas, está no céu", compara.

Ela lembra que os prédios maiores têm vários banheiros masculinos e femininos, além de outras dependências que precisam ser higienizadas em todos os períodos de aula. "Esse protocolo de higiene não é cumprido".

Já reformas de banheiros (algumas, em andamento) e outras medidas, como a disponibilização de álcool gel, segundo ele, foram providenciados. conforme admite.

Futuro

Defensora da manutenção das aulas apenas após a vacinação de todos os profissionais da Educação, a dirigente comenta que "o ensino será reposto, a vida das pessoas precisa vir em primeiro lugar".

Indagada sobre em quanto tempo, a educação repara a falta de aula presencial, suspensa desde o ano passado, ela estima que serão necessários dois anos. "Na Educação de Jovens e Adultos vemos isso. As pessoas adultas conseguem aprender rápido, a criança e o adolescente aprenderá ainda mais rápido", confia ela.